(Re)significando o climatério de mulheres que o vivenciam na perspectiva do interacionismo simbólico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Zulmerinda Meira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11102
Resumo: Estudo descritivo, de cunho qualitativo, que busca compreender os significados atribuídos por mulheres no climatério na perspectiva do interacionismo simbólico, bem como as repercussões nas diversas dimensões do seu cotidiano. Partiu-se do pressuposto de que, na perspectiva do interacionismo simbólico, (re)significar o climatério para mulheres que o vivenciam repercutirá em autonomia e liberdade colocando-as como protagonistas de enfrentamento das modificações inerentes a esta fase da vida. Objetivou-se: analisar, sob a perspectiva do interacionismo simbólico, o processo de significação da mulher que vivencia o climatério e analisar, sob a perspectiva do interacionismo simbólico, a influência do climatério na interação social destas mulheres. Como cenário, foi utilizado a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequié. A técnica de coleta dos dados foi a entrevista individual semiestruturada, em horários pré-determinados entre a pesquisadora e as participantes, em locais com menor circulação de pessoas para a manutenção da privacidade e menor possibilidade de interrupções. Para subsidiar a técnica da entrevista foi utilizado um roteiro pré-elaborado. As entrevistas foram gravadas em aparelho mp7 gravador de voz, transcritas e preservadas na íntegra. Participaram 17 mulheres com faixa etária entre 43 e 64 anos que estivessem vivenciando ou que vivenciaram o climatério. A quantidade de participantes foi baseada na saturação teórica. As participantes assinaram o TCLE. O projeto foi aprovado mediante o parecer do CEP de número 2.187.889. Os dados foram analisados e organizados em conformidade com a Grounded Theory. Emergiram seis categorias e uma categoria central que foram discutidas com base no interacionismo simbólico. Os resultados apontaram que as participantes do estudo compreendem o climatério como processo inevitável, assim como as modificações físicas e emocionais inerentes a ele. Mostraram momentos de aceitação e rejeição. Reconheceram que o estilo de vida saudável, estrutura familiar, religião, trabalho, amigos, colegas de trabalho, viagem, médico, são estratégias ou segmentos sociais que ajudam na compreensão do fenômeno, na sua ressignificação e na superação das modificações apresentadas, quer seja pelo enfrentamento naturalizado ou não. Buscam estratégias de enfrentamento por meio da capacidade de interpretação das situações vivenciadas constituídas culturalmente. Assim, elas transitam por momentos em que não abrem mão da medicalização, e em outros optam pela desmedicalização, vivendo em constante indecisão. Os sentidos atribuídos às características do climatério surgem da interação estabelecida consigo mesmas e com seu grupo social. Para as mulheres, o climatério configura-se como um processo de transição na vida, durante o qual podem oscilar entre sua concepção pautada em significados vinculados à visão de mundo medicalizada e a desmedicalizada, a partir dos quais agem e interagem socialmente.