Ser familiar cuidador de doente com câncer em cuidados paliativos: uma análise à luz do interacionismo simbólico
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11104 |
Resumo: | O apoio à família da pessoa com doença terminal oncológica é um dos princípios que regem os cuidados paliativos, para que esta possa enfrentar a doença do paciente e sobreviver ao período de luto. Nesse sentido, o objetivo geral é compreender a experiência de familiares no cuidado de pessoa com doença terminal oncológica em cuidados paliativos, e como objetivos específicos: caracterizar a experência de familiares no cuidar de pessoa com doença terminal oncológica em cuidados paliativos; descrever o sentido de se tornar/fazer/constituir cuidador de familiar com doença oncológica terminal em cuidados paliativos; e, analisar, à luz do interacionismo simbólico, a experiência de ser familiar de pessoa com doença terminal oncológica em cuidados paliativos. Trata-se de pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, através do método da Narrativa de Vida. Os 18 participantes foram 14 mulheres e 4 homens. O cenário do estudo foi a Unidade de Cuidados Paliativos, que integra o Hospital Aristides Maltez, estabelecimento filantrópico de referência estadual para o tratamento do câncer na cidade de Salvador- BA. A coleta de dados foi realizada através da entrevista aberta, entre agosto e outubro de 2018. O projeto foi aprovado, com Parecer de número 2.717. 196 pelo CEP da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,UESBBA, enquanto instituição proponente, e Parecer de número 2.811.728, pelo CEP do Hospital Aristides Maltez, instituição coparticipante. Em todas as etapas do desenvolvimento do estudo foram respeitados os princípios éticos regulamentados na Resolução nº 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde. A coleta de dados foi realizada através da entrevista aberta com a seguinte pergunta: Conte-me da sua experiência no cuidar do seu familiar com doença terminal oncológica em cuidados paliativos. A análise temática possibilitou, após a codificação e recodificação, a formulação de duas categorias principais com suas subcategorias. A primeira categoria: Cuidando com afeto: significando o jeito do familiar cuidar na finitude, e a segunda categoria: Mudando no cotidiano: significando olhar para a finitude. O cuidado é o símbolo que permeia o comportamento dos familiares do doente terminal, fruto das ações que os integra, e cada um, com sua individualidade, com seu jeito próprio vai agindo e reagindo as demandas de se fazer cuidador cuidando na finitude. Tornar-se cuidador cuidando, implica muitas mudanças na vida dos cuidadores diretos e secundários, envolvendo transformações no âmbito pessoal, profissional, nas relações com os outros, impactando no seu cotidiano e do seu núcleo familiar. Dar voz aos familiares cuidadores do doente em cuidados paliativos, através da escuta atenta às suas necessidades, é, sim, ampliar a atuação do enfermeiro para cuidá-los, valorizando os sentidos advindo de se tornar cuidador com todas as suas implicações. |