Devir Surdo: disputas, poder e saber na produção do sujeito não ouvinte
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14972 |
Resumo: | Este estudo teve por objetivo investigar as linhas de força que se desenham no campo da surdez, bem como a forma como as relações entre poderes e saberes corroboram para a legitimação de modos de vida específicos na ausência da audição. A escolha deste tema deve-se aos questionamentos provocados ao longo da minha prática profissional em instituições que atendem pessoas não ouvintes, bem como pela leitura de estudos que tem a surdez como objeto de investigação. Foi realizada uma pesquisa de perspectiva genealógica, que possibilitou uma leitura da surdez como produção social e do sujeito não ouvinte como produto e efeito das relações entre poderes e saberes. Utilizei dois casos elucidadores: o primeiro com o objetivo de introduzir algumas questões importantes para a construção da pesquisa, e o segundo para ilustrar algumas tensões no campo das práticas e o que elas estão a produzir. Nesta análise foram utilizados documentos nacionais e internacionais que versam sobre os direitos das pessoas com deficiências, como apoio para pensar conflitos nos campos da educação, da saúde, da família e das lutas sociais no âmbito da surdez. Trato da comunidade surda, bem como de outros agenciamentos de não ouvintes, mais ou menos organizados, como grupos de interesse, e proponho pensar a possibilidade de existir fora de padrões determinados a partir destes coletivos, de modo que o sujeito possa a partir de sua própria experiência com o universo do não ouvir constituir-se para si e para o mundo. Finalizo com a noção do cuidado de si e da vida como obra de arte como possibilidades para pensar outros modos de vida, que escapem aos modelos subjetivantes e utilizem a experiência como força motriz neste processo. Assim, quem sabe, os sujeitos não ouvintes poderiam construir espaços em comum para debater a pluralidade, novas existências e um novo mundo porvir |