Sobre as verdades da ficção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Braz, Julio Stéphano Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6536
Resumo: A dissertação Sobre as verdades da ficção propõe um debate a respeito da relação entre os conceitos de ficção e real. Busca-se a defesa da hipótese de que a reavaliação desses termos contemporaneamente permite fortalecer a arte enquanto importante elemento formador da cultura. Para isso, constrói-se um caminho teórico que garante a base para uma análise crítica das dinâmicas da literatura brasileira contemporânea, fundada em regras que possibilitem a verificação de sua validade mas não em conceitos que limitem os horizontes de sua recepção. O caminho percorrido começa na análise do sujeito como conceito teórico fundamental para se pensar a linguagem e a construção de conhecimento. A literatura envolve diversas possibilidades de manifestação subjetiva, dentre as quais a construção da linguagem e do conhecimento que determinam a forma como lidamos com o mundo e como o construímos a partir das leituras que fazemos dele. Ao determinar-se o sujeito, se desenvolverá a importância e a evolução do conceito de ficção na construção literária e como a análise dos atos que a envolvem permite associá-la ao conceito de verdade e situá-la num quadro de valores que possibilita o livre movimento da criatividade mas mantém o objeto de arte inserido contextualmente. São analisadas três obras literárias brasileiras contemporâneas relevantes para o desenvolvimento teórico que se pretende: o romance Budapeste, de Chico Buarque; e o romance-teatro A tragédia brasileira e o conto O Monstro, ambos de Sérgio Sant Anna. Cada uma das narrativas possibilita o desdobramento teórico das relações entre ficção e real através da análise das subjetividades presentes no texto, enquanto discurso, e no contexto de sua enunciação