Estudo das alterações volumétricas faríngeas após cirurgia ortognática em pacientes classe III e sua influência no desenvolvimento da apneia obstrutiva do sono

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Canellas, João Vitor dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14208
Resumo: A cirurgia ortognática para correção da maloclusão dentária classe III gera modificações na via aérea faríngea (VAF) que podem predispor à Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). O objetivo deste estudo foi avaliar, através de tomografia computadorizada por feixe cônico, as modificações imediatas na VAF de pacientes classe III submetidos à cirurgia ortognática, verificando sua influência no desenvolvimento da SAOS, e correlacionando o movimento do osso hióideo com as modificações na VAF. Foi utilizado para diagnóstico da SAOS o questionário de Berlim, a escala de Sonolência de Epworth e alguns sintomas sugestivos através de 2 entrevistas, uma antes e outra 6 meses após a cirurgia. Realizou-se um estudo prospectivo com 33 pacientes divididos em 3 grupos: recuo de mandíbula isolado (9 pacientes), cirurgia maxilomandibular (18 pacientes) e avanço de maxila isolado (6 pacientes). As medidas obtidas da VAF no pré e no pós-operatório foram comparadas utilizando o teste t pareado, enquanto a correlação entre osso hióideo e as modificações da VAF foram analisadas através do coeficiente de correlação de Spearman. O grupo de pacientes submetidos ao recuo de mandíbula isolado apresentou alterações morfológicas mais pronunciadas, com redução no volume total da VAF, no volume da hipofaringe e na área de maior constrição (p<0,05). Observou-se uma correlação positiva forte entre o deslocamento horizontal do osso hióideo e a diminuição da área de maior constrição (r=0,712). O exame clínico não diagnosticou a SAOS em nenhum dos pacientes após 6 meses da cirurgia. O estudo não encontrou evidências de que a cirurgia ortognática para correção da maloclusão classe III predispõe à SAOS.