O Manual do Professor de Língua Inglesa: análise crítica do primeiro volume de uma coleção didática aprovada pelo PNLD 2017
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13921 |
Resumo: | Com esse trabalho, tenho por objetivo de analisar o primeiro volume de uma coleção didática aprovada pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2017. Os estudos da área de materiais didáticos apontam para um grande foco que é dado ao Livro Didático (CORACINI [1999] 2011; DIAS, 2009; TILIO, 2006; SILVA, 2016), em detrimento de um gênero que lhe é intrínseco: o Manual do Professor (MARCUSCHI, 2005; FREITAS, 2010). Com a inserção das Línguas Estrangeiras Modernas (inglês/espanhol), no PNLD, em 2011, a prática social do uso de LD se tornou uma realidade possível nas escolas públicas brasileiras. A partir de então, o Programa passou a ser responsável pela avaliação, compra e distribuição de coleções de língua inglesa e espanhola, também. Dessa forma, a prática discursiva, advinda de um imaginário coletivo, incentivada por um lucrativo mercado editorial, que atribui ao MP a função de formação de professores vem sendo intensificada, de modo a subjugar o lugar do docente no processo de ensino-aprendizagem. Logo, com base nos preceitos do modelo de Letramento Crítico de Janks (JANKS, 2010; 2011; 2013; 2016) e do modelo tridimensional do discurso de Fairclough (FAIRCLOUGH, [1992] 2016), vinculado à Análise do Discurso Crítica, proponho-me a analisar as interlocuções realizadas pelos organizadores da coleção em questão, que se materializam linguisticamente nas entradas/comandos dirigidos ao professor. Na análise, então, constata-se a recorrência de entradas/comandos que geraram as categorias de análise da pesquisa, inspiradas nos preceitos teóricos apresentados, que são de natureza imperativa (instrução, ordem, ordem modalizada) e conhecimento (linguístico-cultural). Por fim, verifica-se que a função de formação de professores, atribuída ao MP, é realizada de maneira a questionar o papel do professor, em favor de uma prática discursiva que enaltece a superioridade intelectual dos idealizadores da coleção (editores e organizadores), devendo o professor dobrar-se às suas vontades, com vistas a um suposto sucesso alcançável nas aulas, caso o docente siga o que é proposta nas entradas/comandos. Portanto, com essa pesquisa, espero poder contribuir para o aprofundamento das discussões acerca do MP, ainda escasso, no que tange à área de estudos de materiais didáticos, assim como para a discussão que trata do lugar desses materiais na formação de professores. |