A auto-representação fotográfica em favelas: Olhares do Morro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gama, Fabiene de Moraes Vasconcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8434
Resumo: Confirmar a realidade e realçar a experiência por meio de fotos é um consumismo estético em que todos, hoje, estão viciados. Fotografias possuem uma enorme importância na sociedade moderna e, geralmente, só se registra aquilo que se quer mostrar. Aqueles que vivem nas favelas cariocas, no entanto, não dominam a imagem construída a seu respeito, freqüentemente associada a representações construídas pela mídia, diretamente ligadas à guerra do tráfico de drogas. O número de projetos sociais (áudio) visuais vem crescendo em todo o Brasil, visando valorizar a auto-estima e as relações sociais, além de formar profissionalmente os jovens. Esperam, dessa forma, torná-los cidadãos e dá-lhes uma visibilidade social positiva. Na favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, a ONG Olhares do Morro criada em 2002 pretende criar uma representação da favela alternativa a esta, onde a violência é foco único, contribuindo para a construção de uma nova realidade, onde o cotidiano e a paisagem local são focalizados pelos moradores, transformando o olhar sobre seu lugar de moradia. Compreender que fotos são essas e por que se diferenciam das até então produzidas, além de perceber como transformam olhares externos (e internos) em relação às favelas são questões atuais. Aqui, pretendo fazer uma análise das imagens produzidas pelo grupo, pensando sobre a relação das imagens fotográficas com sua identidade, e como estas podem contribuir para a transformação de um estigma social.