Dinâmica populacional de Ostrea puelchana d Orbigny, 1841 e sua interação com gastrópode Cerithium atratum (Born, 1778) em um banco de gramas marinhas na Ilha do Japonês, Cabo Frio RJ
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5879 |
Resumo: | A ostra plana Ostrea puelchana encontra-se distribuída do sudeste do Brasil ao norte da Patagônia, na Argentina, sobre fundos rochosos e banco de mexilhões. As larvas planctônicas de invertebrados sésseis, como as ostras, precisam de substratos duros para sua colonização e crescimento, e em habitats de gramas marinhas o substrato duro pode ser um fator limitante para esses organismos, pois os bancos de gramas marinhas, normalmente são formados em fundos não consolidados. Entretanto, O. puelchana apresenta alta densidade e freqüência no banco de gramas marinhas na Ilha do Japonês, pois se utiliza das conchas do gastrópode Cerithium atratum como substrato para sua fixação e crescimento, podendo com isso, ter efeito positivo, negativo ou nenhum efeito sobre esse gastrópode. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi investigar a dinâmica populacional de O. puelchana e seus efeitos sobre o desenvolvimento do gastrópode C. atratum na Ilha do Japonês, em Cabo Frio, Rio de Janeiro (22º 52.925S, 42º 00.200W). Foram estabelecidos três transectos com 50 m de extensão cada um, paralelos à margem da Ilha, com graus de exposição ao ar distintos: TA (sempre exposto); TB (freqüentemente exposto); TC (nunca exposto). Ao acaso, foram coletadas 10 amostras com um tubo de PVC de 455 cm3 por transecto, mensalmente, ao longo de um ano. Em cada amostragem, foram contados e medidos os indivíduos de O. puelchana e verificado em quais substratos foram encontrados. Indivíduos de O. puelchana foram colados, mensalmente, com epóxi em placas de 56,2 cm2, com intuito de se obter a taxa de crescimento mensal dessa espécie. Placas com essa mesma área foram instaladas mensalmente em três pontos de cada transecto (ponto 00, 25 e 50 m), para obtenção de dados sobre o assentamento dos juvenis. Diversos substratos, naturais e artificiais, foram instalados em três pontos distintos da área de estudo, para se verificar a preferência por determinados substratos. Com o propósito de se avaliar a influência da epibiose da ostra sobre o gastrópode, foram selecionados indivíduos de O. puelchana vivos e conchas vazias, de diversos tamanhos, em conchas de C. atratum para o experimento de interação entre as espécies, através do método de tether e o método da bandeira . De uma forma geral, os resultados encontrados no trabalho evidenciaram uma população com uma taxa de crescimento lenta, com indivíduos mais jovens propensos a um crescimento mais rápido. A população de Ostrea puelchana apresentou densidade alta com predominância de indivíduos jovens estruturando a população, que teve assentamento ao longo do ano, porém com uma tendência a uma distribuição temporal. As larvas apresentaram preferência por determinados substratos, tais como as próprias ostras vivas e o gastrópode Cerithium atratum. Com relação à interação de O. puelchana e C. atratum, o trabalho evidenciou que a epibiose da ostra influencia diretamente no desenvolvimento do gastrópode na área de estudo. |