Eu faria tudo outra vez. Mulheres e violência doméstica: entre a política e a clínica do sujeito
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas Públicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22795 |
Resumo: | Questões emergentes no cotidiano de trabalho de uma psicóloga, praticante de psicanálise, no contexto do Serviço de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI de um Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, suscitaram a pesquisa que se inscreve na presente dissertação de mestrado. Passamos a nos interrogar ao percebermos que, mesmo após a realização de intervenções por parte da equipe do referido serviço, diversas mulheres acompanhadas em razão da vivência de violência doméstica voltavam a se colocar em parcerias amorosas nas quais tornavam a ocupar uma posição de objeto de abuso do outro, seja nas mesmas, seja em novas parcerias amorosas. Repetição era o que nos saltava aos olhos e aos ouvidos. O que seria isso? Contextualizamos, com um breve histórico, como os movimentos sociais de mulheres conseguiram chamar a atenção o bastante para que a questão da violência doméstica contra as mulheres passasse a ser compreendida enquanto um problema social em nosso país. Em seguida, apresentamos algumas memórias de uma experiência de escuta que vivenciamos com uma mulher acompanhada por nós. Tomamos o caso apresentado como um exemplo paradigmático, pois consideramos que ele nos permite um debate a partir de uma perspectiva moebiana a respeito do problema da violência doméstica contra as mulheres, evidenciando o particular e o coletivo de maneira absolutamente entrelaçada. Ao final, expomos algumas construções realizadas por nós, articulando a experiência de escuta apresentada com nossas reflexões e articulações teórico-conceituais. Para tanto, sustentamo-nos na psicanálise de Freud e Lacan e invocamos, também, outros autores para nos ajudarem a pensar o território, a repetição e o gozo. Acreditamos que compartilhar essa experiência, bem como algumas de nossas reflexões e construções sobre ela, poderá contribuir, de algum modo, com as colegas trabalhadoras que lidam com as problemáticas enfrentadas no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e, por consequência, proporcionar algum deslocamento no atendimento às mulheres nas diversas Políticas Públicas. |