Análise da vulnerabilidade ambiental à inundação na bacia hidrográfica do rio Grande, Baixada de Jacarepaguá (RJ)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nascimento, Paulo Walter Freire do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Geografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AHP
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18615
Resumo: Desde a década 70, esta bacia hidrográfica do rio Grande vem sofrendo alterações ambientais devido à incorporação da Baixada de Jacarepaguá a zona de expansão municipal do Rio de Janeiro. Com isso, o processo de ocupação desordenada tem gerado o desmatamento das florestas, a impermeabilização dos solos, as intervenções nos canais fluviais, a degradação dos ecossistemas e, sobretudo, o crescimento das ocupações irregulares nas margens dos rios, que configuram impactos negativos e incrementam as inundações, tornando-as potencialmente mais perigosas a essas populações. O objetivo do presente estudo é analisar a vulnerabilidade ambiental a inundações urbanas na bacia hidrográfica do rio Grande, possibilitando subsidiar a tomada de decisão por parte dos órgãos gestores a fim de proporcionar políticas públicas adequadas na tentativa de reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência da população residente da bacia hidrográfica. No presente trabalho foi utilizado o método de Análise Multicritério passível de integração em ambiente SIG denominado AHP (Analystic Hierarchy Process), no qual permitiu comparar diferentes alternativas, fundamentada em vários critérios para definir o grau de pertinência das variáveis (pesos) e suas respectivas classes (notas). Neste sentido, a metodologia foi dividida em três partes: construção do mapa de suscetibilidade a inundação; elaboração do mapa de vulnerabilidade social; e, por último, elaboração do mapa síntese de vulnerabilidade ambiental através dos mapas anteriores. A partir do resultado do mapeamento da vulnerabilidade ambiental, pode-se identificar o seguinte padrão espacial na distribuição das classes na Unidade Hidrográfica de Planejamento (UHP) do rio Grande: a classe de baixíssima vulnerabilidade ambiental se encontra em área com a população de maior renda da UHP ou áreas de vazios demográficos, sejam em áreas extremamente suscetíveis ou não às inundações; a classe de baixa vulnerabilidade se encontra a população com um dos melhores indicadores sociais, que em grande parte ocupam áreas de média a altíssima suscetibilidade; a de média vulnerabilidade se encontra espraiada na porção central da UHP, onde os terrenos podem ser de média a altíssima suscetibilidade; as classes de alta e altíssima vulnerabilidade possuem os piores indicadores sociais e se encontra, principalmente, em áreas de alta a altíssima suscetibilidade, com a exceção das favelas que ocupam as áreas de encostas. Ao avaliar por bairros, concluiu-se que os bairros da Freguesia, Pechincha, Jacarepaguá e Taquara possuem os melhores índices de vulnerabilidade ambiental. Já os bairros Cidade de Deus, Gardênia Azul, Tanque, Praça Seca, Realengo e Sulacap apresentam os piores índices de vulnerabilidade.