Interações estratégicas para o desenvolvimento e vantagens institucionais: o caso do CDES
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12444 |
Resumo: | O CDES foi criado para cumprir um papel tanto propositivo como articulador de um projeto de desenvolvimento por meio do diálogo social. Se assim o fizesse, o CDES viabilizaria interações estratégicas para o desenvolvimento e poderia se conformar como uma vantagem institucional. A tese investiga se o Conselho desempenhou este papel na economia política brasileira ao longo dos oito anos do governo Lula por meio da análise de dimensões contextuais e do aprendizado institucional. Observa-se que, desde a sua criação, em 2003, até o final do segundo governo Lula, o CDES foi uma importante arena de diálogo sobre o desenvolvimento, apresentando oscilações significativas quanto à intensidade e à forma de debate ao longo do tempo. Na análise de cada fase do CDES a criação e a estruturação, no primeiro mandato de Lula, e o fortalecimento institucional com interações estratégicas intermitentes no segundo , é possível notar as nuances pautadas pelo contexto político e econômico e pelo processo de amadurecimento institucional. Na criação (2002-2004), em um contexto de frágil governabilidade do primeiro governo de esquerda eleito no Brasil, destaca-se a preocupação com a difusão da cultura de concertação, a ânsia por maior dinamicidade institucional por parte dos conselheiros e a aglutinação de atores-chave da nova coalização. O período seguinte (2005-2006), de estruturação do Conselho, deu-se em uma conjuntura política delicada. A despeito das dificuldades, foi um período de amadurecimento institucional, com aprofundamento do diagnóstico sobre a necessidade de um plano comum para o desenvolvimento. Na terceira fase (2007-2010), no segundo governo Lula, as ideias gestadas no interior do CDES ganharam mais dinamicidade, com maior alcance externo e com o fluxo de mão dupla entre governo e conselheiros se ampliando para as demais áreas do governo. Essa fase do Conselho se deu no contexto de mudança estratégica do PT na composição de sua base aliada e foi marcada por um forte adensamento das atividades e por interações estratégicas profícuas durante a crise de 2008. Destaca-se como principal legado do CDES a mudança de perspectiva dos conselheiros quanto à importância do direcionamento do debate para questões nacionais e não setoriais. |