Curva de aprendizado na prostatectomia robótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lott, Felipe Monnerat
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8530
Resumo: A neoplasia prostática é a segunda causa de morte, no sexo masculino, por doença maligna e a primeira em incidência, excluindo os tumores de pele não melanoma. A prostatectomia radical laparoscópica robô-assistida é o principal procedimento cirúrgico realizado, com intenção curativa, nos Estados Unidos e na Europa. O objetivo deste estudo é analisar a curva de aprendizado, na prostatectomia radical robótica, realizada por cirurgiões, sem experiência prévia em prostatectomia radical laparoscópica pura. Foram analisados 119 pacientes, submetidos à prostatectomia radical assistida por robô. Os pacientes foram operados por dois cirurgiões, sem experiência prévia em prostatectomia laparoscópica, embora com experiência em outros procedimentos por esssa via. Foram enfatizados os desfechos operatórios mais significativos, quais sejam a continência urinária, a disfunção erétil e o controle oncológico. O seguimento mínimo foi de 27 meses. Foram utilizados o teste de Fisher e o teste qui-quadrado, para investigar a existência de relação entre as variáveis e a análise de variância (ANOVA), para observar a possibilidade de diferenças, estatisticamente significativas, entre os grupos, com nível de significância de 5%. A participação dos pacientes variou conforme a idade, entre 41 e 72 anos (média de 61,09 anos), com 68 casos (57,14%) de risco intermediário ou alto risco. Houve um declínio do tempo operatório, ao longo da casuística. Dos 119 pacientes, 80,67% estavam continentes aos 6 meses de pós-operatório e 89,07% aos 12 meses. 35,29% estavam potentes aos seis meses e 60,5% aos 12 meses de pós-operatório. Um ano após o procedimento cirúrgico, as taxas de trifecta (controle oncológico da doença + continência + ereção) eram de 51,26% e as de pentafecta (controle oncológico da doença + continência + ereção + margens cirúrgicas livres + ausência de complicações) de 31,09%. Houve uma melhora progressiva das taxas de continência e potência sexual, à medida que mais pacientes iam sendo operados. Podemos concluir que a prostatectomia radical vídeolaparoscópica robô-assistida não requer, obrigatoriamente, experiência prévia na retirada radical da próstata pela via laparoscópica pura, embora a curva de aprendizado não seja curta para atingir-se um platô, a partir do qual não mais ocorram melhoras de desfecho significativas.