Robôs sociáveis e organizações em maturação: o processo de criação de ‘chatbots’ no contexto comercial
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17967 |
Resumo: | Esta dissertação pretende analisar o processo de criação de chatbots (tecnologias de programação computacional desenvolvidas para a interação com o usuário) para o meio comercial a partir, apoiada em uma abordagem pragmatista, da compreensão das metafísicas morais que orientam os princípios avaliativos dos especialistas responsáveis e pelas características da relação desses agentes em sua rotina de trabalho. Por meio da técnica de entrevistas semiestruturadas com os especialistas foi possível produzir o entendimento de que eles justificam seus princípios avaliativos a partir da mobilização de uma metafísica sobre quem é esse usuário final, abstração essa variável entre diferentes profissionais. Esses múltiplos princípios avaliativos são mobilizados de forma a criar fricções produtivas capazes de auxiliar no processo de depuração sobre qual a melhor decisão na arquitetura da tecnologia. Dessa forma, a pesquisa promove um estudo da organização ao redor do processo de criação dos chatbots para em seguida compreender como esse contexto técnico impacta no desenvolvimento dessas tecnologias. Esse empreendimento concluiu que: (a) os chatbots são o resultado de um acordo de compromisso entre múltiplas metafísicas morais e que esse caráter heterogêneo é benéfico para o seu fim comercial; (b) este benefício se deve ao caráter híbrido da organização que, baseando-me em Neff e Stark, descrevo como o emprego de aspectos tanto de organizações ‘permanentemente beta’ quanto de organizações tradicionais; (c) esses especialistas projetam as tecnologias a partir da incorporação de uma sociabilidade cordial, produzida por meio da abertura emocional com o usuário, que auxilia na definição de uma situação favorecendo a reciprocidade com o usuário. Por fim, para analisar esse campo proponho o conceito de organizações em maturação, para descrever organizações que se beneficiam desse caráter híbrido, e de robôs sociáveis, bots sociais criados para socializar cordialmente com o usuário. |