A ressignificação do lugar-comum no texto dissertativo-argumentativo escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Polito, Fabiana Botelho dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional (PROFLETRAS)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14530
Resumo: O que se observa no que diz respeito aos anos de escolaridade do ensino fundamental é que ainda há uma predominância de textos da ordem do narrar, deixando-se o trabalho com o texto dissertativo ou dissertativo-argumentativo, geralmente, para o 9o ano, último ano de escolaridade do ensino fundamental. Esta pesquisa trabalha com a hipótese de que os alunos do ensino fundamental fazem uso excessivo do lugar-comum na construção da argumentação nos textos dissertativos e que a falta de sistematização de um ensino que amplie a capacidade argumentativa dos alunos, desde os primeiros anos de escolaridade, resulta nas dificuldades apresentadas por muitos adolescentes e adultos quando colocados diante do desafio de escrever textos de natureza argumentativa. Assim, o objetivo geral deste trabalho é analisar como e por que os alunos fazem uso do lugar-comum na construção da argumentação em textos dissertativos e um dos objetivos específicos é elaborar atividades, nas aulas de língua portuguesa, que possam estimular e desenvolver a construção de argumentos a partir de outros campos do saber, de linguagens e estilos de argumentar em diálogo com os saberes escolares. A pesquisa, realizada em situações reais de ensino, em que o pesquisador interfere nas atividades e analisa a sua prática pedagógica, tem uma natureza qualitativa, pois busca interpretar e compreender o uso do lugar-comum nos textos produzidos pelos alunos. O recorte teórico escolhido fundamenta-se na concepção dialógica de Bakhtin (2011) e nas contribuições de Fiorin sobre o lugar-comum (2015). Ao término da pesquisa, constatou-se que a recorrência ao lugar-comum como uma das formas de argumentar aponta para conceitos ocultos do processo de letramento escolar, uma modalidade de conhecimento possível, aquele a que os alunos fazem uso quando não têm o que dizer, quando se torna a única informação acessível, porque naturalizada dentro e fora do ambiente escolar. A compreensão, sem preconceito, dos usos do lugar-comum nos textos dos alunos pôde contribuir para sua ressignificação nas aulas de produção textual.