Caracterização do processo de enriquecimento dos fosforitos da jazida de Campos Belos, base da formação Sete Lagoas, grupo Bambuí
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20545 |
Resumo: | A jazida de fosfato da região de Campos Belos está hospedada na base da Formação Sete Lagoas, na porção noroeste do Cráton São Francisco. É composta por uma intercalação de carbonatos, siltitos e brechas intraformacionais sinsedimentates dominados por ambiente de perimaré. Apesar da reconhecida origem sedimentar, há de se considerar na jazida em estudo os efeitos de remobilizações posteriores associadas ao metamorfismo/tectonismo, influência de fluidos hidrotermais e/ou intemperismo que reconcentraram o minério de forma econômica. A fosfogênese ocorre através da precipitação e saturação da francolita nos interstícios do sedimento através da contribuição de atividade microbiana, sugerido por laminações microbiais nos siltitos. Partículas de óxido e hidróxido de ferro que possuem íons fosfáticos adsorvidos também teriam contribuído para a liberação dos íons e precipitação da francolita através do bombeamento redutor do ferro em zona anóxica do sedimento. Os fosforitos na jazida estão representados principalmente pelas brechas sinsedimentares intraformacionais, monomíticas, com clastos centimétricos de siltito e teor médio de 24% de P2O5. Correspondem a momentos de alta energia no ambiente, retrabalhando os sedimentos e coalescendo os grãos de francolita. Brechas tectônicas foram observadas cortando todas os litotipos. São polimíticas, clastos milimétricos, também com teor médio acima de 20% de P2O5. O mineral de minério é a hidroxiapatita, representando a alteração da francolita. Ocorre nos fosforitos como uma massa irregular, a qual, no MEV, observa-se recobrindo 70% da lâmina. Sugere-se que essa concentração seja resultado da remobilização do fosfato primário através de fluidos hidrotermais, reprecipitando em poros da rocha. A paragênese com quartzo é uma constante. No entanto, não é possível precisar temporalmente se a sílica ocorre no mesmo pulso hidrotermal que a hidroxiapatita. A associação da massa de hidroxiapatita e quartzo com porções argilosas e cavidades sugere que houve a desestabilização dos argilominerais com a substituição pela hidroxiapatita e quartzo. A wavelita estaria representando um evento hidrotermal tardio, originada de proporções de HPO4-3 das fácies insaturadas em hidroxiapatita remanescentes. Ocorre preenchendo fraturas e poros da rochas associada a dickita, polimorfo da caulinita de alta temperatura. Dados de isótopos de C e O nos carbonatos foram plotados conforme assinatura de soterramento e hidrotermalismo, confirmando a evolução diagenética sofrida pelas rochas da sequência fosfática. Um segundo grupo de dados sugere que a dolomitização com cristais finos em zona de mistura marinho-meteórico tenha guardado assinatura isotópica original da água no Pré-Cambriano. |