Caracterização de sistemas cerâmicos aluminizados infiltrados por vidro
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14056 |
Resumo: | A realização deste trabalho se deu justamente pela pouca informação sobre sistemas cerâmicos amplamente utilizados no mercado odontológico, sendo o objetivo deste estudo caracterizar e analisar a microestrutura, a composição e as propriedades mecânicas destes materiais, testando a compatibilidade entre os sistemas, além da hipótese de que todos eles apresentam ótimas propriedades. Este estudo caracterizou e comparou os sistemas cerâmicos In-Ceram (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha), Vitro-Ceram (Angelus, Londrina, Brasil) e Alglass (EDG, São Carlos, Brasil) utilizando as seguintes metodologias: 1 Análise da fase vítrea por fluorescência de raios-X; 2 Análise da granulometria da fase cristalina e da fase vítrea; 3 Avaliação da resistência ao ensaio equibiaxial; 4 Análise da microestrutura através de microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise por fluorescência de rx da fase vítrea dos três sistemas mostrou que as suas composições em relação aos elementos principais, como o lantânio (La2O3), alumínio (Al2O3) e silício (SiO2), são semelhantes, diferindo nos aditivos que servem para dar cor e outros ajustes. De acordo com os resultados da granulometria, pode-se observar que o In-Ceram e o Vitro-Ceram apresentam tamanhos de partículas semelhantes, e a alumina do sistema Alglass mostrou uma composição mais heterogênea com grãos maiores que 10 µm e uma grande quantidade de grãos inferiores a 0,6 µm. Isso permite uma maior aglomeração dos grãos, favorecendo a formação de uma estrutura cerâmica mais compacta após a pré-sinterização, o que gera poros de pequeno diâmetro e sem interconexão. Este fato prejudica a infiltração vítrea no compósito cerâmico final, o que pode resultar em um material com mais defeitos e uma redução nas propriedades mecânicas. Além disso, caracterizou-se também o vidro, que não apresentou semelhança entre os três sistemas, porém a sua granulometria elevada facilita seu manuseio e a justaposição sobre as estruturas de alumina pré-sinterizadas, não interferindo na sua infiltração. No ensaio de flexão, os grupos compostos pela alumina do sistema In-Ceram apresentaram as maiores médias, se diferenciando estatisticamente dos demais grupos. Os grupos com a alumina do sistema Vitro-Ceram, por mais que tenham apresentado valores maiores de resistência, não se diferenciaram estatisticamente com relação aos grupos da alumina do sistema Alglass. A infiltração de vidros diferentes em uma mesma alumina não influenciou estatisticamente a resistência mecânica dos materiais. Porém, os grupos que utilizaram a fase vítrea do Alglass apresentaram os maiores valores de resistência. Na análise de validação fractográfica nenhuma das amostras teve de ser descartada por falha na fratura, nos quais 70% dos corpos de prova dos três sistemas cerâmicos estudados tiveram fraturas de baixa força, 30% sofreram fraturas de média força e nenhuma amostra sofreu uma fratura de alta força. Os valores mais baixos encontrados para o sistema cerâmico Vitro-Ceram podem ser justificados pela presença muito maior de bolhas e poros na parte interna do material, consequentemente, esta característica se traduz em perda de resistência mecânica da cerâmica. Por mais que todos os sistemas cerâmicos estejam aptos para utilização clínica, o material In-Ceram de destaca pelas suas características e confiabilidade. |