Alegorias, requebros, memória e construção dos lugares do carnaval carioca
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13300 |
Resumo: | O estudo, possuído pela magia do passado , busca descortinar os lugares do carnaval carioca integrantes da Área Central do Rio de Janeiro, os quais foram apropriados, extintos e (re)criados no âmbito da organização do espaço da Cidade Maravilhosa. Nesta ciranda, incorporando acordes, dissonâncias, vibrações e troças, por volta de 1870 a Rua do Ouvidor inaugura em meio a sua geográfica coreografia do movimento a centralidade carnavalesca do espaço coletivo da urbe carioca, atraindo o Zé Pereira, o entrudo, as Grandes Sociedades e tantas outras manifestações próprias desse período. Mais a seguir, a Reforma Urbana promovida pelo Prefeito Pereira Passos, o Presidente Rodrigues Alves e o sanitarista Oswaldo Cruz contribuiu para a criação de um outro lugar para a folia, com a abertura da sofisticada Avenida Central, permitindo o desfile dos privilegiados no Corso. Ao mesmo tempo, entre requebros, negaças, batuques e cadência dos Ranchos, a Praça Onze dos bambas do samba vivia a plenitude como lugar central das brincadeiras momescas entre os negros e toda sorte de gente simples. Este logradouro e suas adjacências, fontes e desaguadouros da mais genuína cultura carioca e berço do samba , sofreram com a ação do poder público em uma varredura , cujo resultado promoveu a abertura da Avenida Presidente Vargas, posteriormente também palco, sobretudo, para as Escolas de Samba. Estes pontos de ações, trabalho, passagem e diversão foram apropriados pelos foliões, enquanto outros criados e eleitos pelos indivíduos e grupos sociais como lugares do carnaval carioca. No balancê e na ginga do carnaval, mas marcadamente para o entendimento de sua multiplicidade, esta dissertação procura elementos fenomenológicos para compreensão do mundo vivido carnavalesco e, apoiando-se na hermenêutica, busca traduzir a alma do povo carioca no que tange à folia momesca de tempos pretéritos cujo palpitar se confunde com os lugares vividos e perpetuados na Área Central do Rio de Janeiro |