Avaliação das concentrações dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos no material particulado menor que 2,5 um e deposição úmida do Instituto de Aplicação - UERJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ribeiro, Maycon Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11034
Resumo: O material particulado menor que 2,5 micrometros (MP2,5) tem como principal origem os processos de combustão antropogênicos e podem causar diversos problemas à saúde da população, principalmente se associados a ele estiverem presentes substâncias mais perigosas, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Por meio da deposição úmida, os poluentes presentes no MP2,5 são transferidos para a água da chuva. Esta pesquisa objetivou avaliar a concentração de HPA presente no MP2,5 e na água de chuva coletados no Instituto de Aplicação da UERJ (CAp UERJ). Para este fim, a amostragem de MP2,5 foi realizada com um Amostrador de Grande Volume e a de água de chuva através de um sistema de captação e armazenamento e utilizou-se de técnicas de estatística descritiva e de três técnicas multivariadas: coeficiente de correlação, análise de cluster (agrupamento) e análise dos componentes principais (ACP). Para a formação dos agrupamentos na análise de conglomerados foi utilizado o método Ward . Foram analisados pelo método de Cromatografia Gasosa de alta resolução acoplada com Espectrômetro de Massas os 16 HPAs considerados prioritários pela EPA: Naftaleno (NAF), Acenaftileno (ACY), Acenafteno (ACE), Fluoreno (FLU), Fenantreno (PHE), Antraceno (ANT), Pireno (PYR), Fluoranteno (FLT), Benzo(a)antraceno (BaA), Criseno (CRY), Benzo(b)fluoranteno (BbF), Benzo(k)fluoranteno (BkF), Benzo(a)pireno (BaP), Dibenzo(a,h)antraceno (DBA), Benzo(g,h,i)pirileno (BgP) e Indeno(1,2,3-c,d)pireno (IND). A concentração de MP2,5 por dia de coleta esteve entre os valores 6,46 e 46,16 µg m-3, com uma média de 19,6 µg m-3. Esta média não ultrapassa os valores permitidos por legislações internacionais, tais como a EPA e a OMS, mas consideradas separadamente, houve 11 amostras que violaram o valor limite da legislação da OMS e 4 o da EPA. No MP2,5 os HPAs: NAF, FLU, PHE, ANT, PYR, FLT, BaA, CRY, BbF, BkF e BaP puderam ser quantificados, enquanto que na água da chuva, apenas o NAF, HPA de menor massa molecular, e, consequentemente, de maior solubilidade em água. Os HPAs de grande massa molecular, entre 4 e 5 anéis aromáticos (PYR, FLT, BaA, CRY e BbF) obtiveram as maiores concentrações. O resultado pode ser dividido em dois grandes grupos. O primeiro é formado por quatro HPAs: ACE, BkF, ANT e FLU. Por conter três HPA mais leves, este grupo provavelmente está vinculado às emissões originadas de veículos pesados, ou seja, movidos à diesel. O segundo grupo é formado por: NAF, BbF, BaA, PYR, FLT, PHE, CRY e BaP. Este possivelmente está relacionado às emissões de veículos leves, por conta de seus 4 e 5 anéis aromáticos. O coeficiente de correlação e a ACP apresentaram resultados similares.