Processamento foliar em um córrego de mata atlântica: o papel dos invertbrados aquáticos e o uso de diferentes metodologias
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5871 |
Resumo: | O papel que macroconsumidores e insetos aquáticos desempenham no processamento foliar em riachos tropicais tem sido discutido. Em riachos tropicais os macroconsumidores podem diretamente aumentar a taxa processamento foliar (k) através de consumo e bioturbação. Contudo eles também podem diminuir essa taxa por indiretamente ao diminuir a colonização de folhas por insetos aquáticos. Algumas metodologias de exclusão de fauna têm sido utilizadas para avaliar o papel desses animais no processamento de folhas. Para testar o papel da fauna no processamento foliar e o efeito de diferentes metodologias, nós montamos dois experimentos entre os meses de Abril e Agosto de 2013 no Córrego da Andorinha, um riacho de terceira ordem localizado na Ilha Grande, Rio de Janeiro. Nós utilizamos folhas de duas espécies de plantas comuns na nossa área de estudo e com diferente grau de dureza: Erythroxylum pulchrum (mais dura) e Miconia prasina. No primeiro experimento a presença da fauna foi manipulada por exclusão elétrica. No tratamento controle (sem eletrificação) tanto camarões quanto insetos tinham acesso às folhas, no tratamento com baixa intensidade de choque apenas os camarões foram excluídos e no com alta intensidade tanto camarões quanto insetos com tamanho maior que 5 mm foram excluídos. No segundo experimento, a presença da fauna foi manipulada por exclusão elétrica ou por sacos com diferentes tamanhos de malhas. Os tratamentos de exclusão elétrica foram os mesmos do primeiro experimento. Já os tratamentos de malhas foram: malha de 12 mm - sem exclusão da fauna; 2 mm - exclusão dos camarões; e 0,2 mm - exclusão tanto de camarões quanto de insetos aquáticos. Na cerca elétrica a espécie Erythroxylum apresentou uma taxa de processamento significativamente maior no tratamento com choque fraco, onde apenas os camarões foram excluídos (k= 0,016 ± 0,001 dia-1), já na metodologia de sacos a sua maior taxa de processamento foi encontrada no saco com malha de 12mm (0,008 ± 0,001 dia-1), onde encontramos um elevada abundância do camarão Potimirim brasiliana, que pode ter influenciado positivamente na taxa de processamento devido à bioturbação. Em relação às folhas de Miconia, as taxas de processamento não diferiram entre os tratamentos tanto na metodologia de cercas elétricas (F2,43=1,69, p=1,95) quanto de sacos (F2,44=2,18, p=0,124). Entretanto, ambas as espécies apresentaram menores taxas de processamento nos sacos, mostrando que a metodologia pode influenciar os resultados do processamento de folhas em relação à exclusão da fauna. Nossos resultados também evidenciam que o camarão onívoro Macrobrachium olfersi exerce um forte efeito negativo sobre a atividade de insetos aquáticos e controla indiretamente o processamento foliar, via cascata trófica, ao regular a abundância e atividade dos insetos aquáticos, que atuam diretamente nesse processamento |