Efeitos dos macroconsumidores (peixes e camarões) sobre a assembléia de insetos aquáticos e na taxa de degradação de folhas em riachos de floresta de terra firme, Amazônia central
Ano de defesa: | 2006 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12439 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774275E5 |
Resumo: | Este trabalho teve como objetivo verificar os potenciais efeitos sobre a assembléia de insetos aquáticos e degradação de folhas causados pela exclusão de macroconsumidores (peixes e camarões). A diminuição na taxa de degradação e o aumento na abundância de alguns táxons eram esperadas na ausência de macroconsumidores, como observado em outros estudos em regiões tropicais e temperadas. Os efeitos dos macroconsumidores (peixes e camarões) sobre a degradação de folhas e sobre a assembléia de insetos aquáticos foram avaliados excluindo-os, utilizando cercas elétricas, de áreas de 1600 cm2 em quatro riachos. O experimento foi realizado em blocos, cada um composto por dois tratamentos (controle e eletrificado) colocados em áreas de baixa velocidade em quatro riachos. Em cada riachos foram colocados dois blocos, resultando em oito réplicas. Para testar a abundância de alguns táxons foi usado teste t pareado e para avaliar a composição de táxons entre os tratamentos foi usada NMDS e CCA. Os fragmentadores mais abundantes foram Triplectides sp. e Phylloicus sp. e não diferiram entre os tratamentos. A abundância de Chironomidae (não minadores) foi maior no tratamento de exclusão, mas a dos minadores não diferiu entre os tratamentos. Os macroconsumidores afetaram negativamente os Chironomidae, contudo não ficou claro se foi por meio de predação ou bioturbação, oriunda do deslocamento dos macroconsumidores entre as folhas. Após 17 dias, o peso remanescente das folhas era menor nos tratamentos controles, sugerindo que os macroconsumidores afetaram positivamente o processo de degradação. Entretanto, os macroconsumidores não tiveram um efeito detectável sobre os fragmentadores, pois a abundância desses organismos não diferiu entre os tratamentos. Devido à falta de efeito sobre os fragmentadores, a diferença de 5,4% no peso final das folhas pôde ser atribuída aos macroconsumidores. Esta baixa diferença, apesar de significativa, indica grande participação dos insetos como fragmentadores. Conhecer, separadamente, os efeitos de insetos e macroconsumidores sobre a degradação das folhas pode ser um importante passo futuro nos estudos com degradação de folhas em riachos da Amazônia central. |