O diabo da língua: discursos da possessão em religiões brasileiras
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5981 |
Resumo: | Considerando o crescimento das religiões extáticas no Brasil ao longo das últimas décadas, dentre as quais se destacam a Igreja Universal do Reino de Deus e o candomblé, o presente trabalho visa observar de que forma elas respondem à crise da subjetividade (DUFOUR, 2005; LAZZARATTO, 2014) a partir das contribuições teóricas e do dispositivo analítico da Análise de Discurso francesa (PÊCHEUX, [1969] 2010; [1975] 2009; [1983] 2008). Para tanto, analisamos textos ritualísticos em ambas as religiões: em uma, o exorcismo, na outra, diversos textos que constituem as festas de exus e pombagiras. Compreendeu-se que as duas, através de diversas materialidades discursivas (linguísticas ou não), como a performatividade corporal e a designação, estabelecem formas diversas de administração dos sentidos: a primeira visa à desambiguação e a produção de unidades, a partir do jogo antagônico entre Deus e o diabo; a segunda, por sua vez, visa à produção de sentidos múltiplos, estimulando a ambiguidade e a polissemia. Com isso, compreendemos que cada uma das religiões constrói relações muito diversas com o neoliberalismo, as relações de poder, a subjetividade e a própria linguagem. |