Tecendo os fios da trama coletiva: possessão e exorcismo rituais na Igreja Universal.
Ano de defesa: | 2001 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas BR PUC Goiás Ciências da Religião |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/997 |
Resumo: | Essa dissertação pretende mostrar a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus em Goiânia. Procuro traçar, a partir do rito de quebra de maldição nas sextas feiras, a lógica do discurso de seus membros para a explicação sobre o fenômeno da possessão demoníaca. Dessa forma, analiso o tempo, o espaço, o indivíduo e a memória, como quadros referenciais para a explicação do ethos e da visão de mundo desta denominação religiosa. Busco nessa pesquisa interpretar as falas dos membros iurdianos no que tange sobretudo aos cultos de possessão e do exorcismo como confronto à religião Afro brasileira. Os membros encaram essas últimas como fonte de ação demoníaca constante do seu dia a dia. O cotidiano é traduzido em pobreza, doença, e contendas familiares. Expurgar o mal é a meta do adepto a essa igreja, bem como reverso da medalha é traduzido em riqueza espiritual, material, sentimental. A chamada guerra espiritual evidenciada nas sextas feiras objetiva colocar em relevo também que é desse corpus de significados de que se alimenta o neopentecostal versão iurdiana. O discurso dessa igreja promove uma guerra bem versus mal a partir do combate às religiões consideradas diabólicas no seio da Igreja Universal a saber: Candomblé, Umbanda, Quimbanda. O exorcismo é a arma do crente na Universal. Muitos no transe perfazem uma trajetória pessoal de luta contra as entidades da religião afro-brasileira. Isso reflete em toda comunidade que traz da memória a lembrança de tais deuses e mensageiros, traduzidos na Universal como demoníacas. |