O manejo da transferência na paranóia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Clarissa Alves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14681
Resumo: A partir da afirmação freudiana de que pesquisa e tratamento coincidem, esta dissertação propõe uma implicação nas questões que a psicose formula à psicanálise. Apesar do interesse pela psicose, sua objeção à libido transferencial fez Freud afirmar a impossibilidade de tratamento pela técnica psicanalítica. A transferência, cuja conceituação sofreu acréscimos de Freud a Lacan, ocupa um lugar privilegiado para a psicanálise na medida em que é o que sustenta seu próprio modo de operar. A retomada lacaniana tem como marca o preceito de que não devemos recuar diante da psicose. A clínica com sujeitos psicóticos não parte de ignorar a elaboração freudiana mas afirma que se não é impossível, é de outra ordem. Este trabalho de pesquisa parte da aposta que há transferência na psicose e percorre os caminhos trilhados por Freud e Lacan no que diz respeito aos conceitos de transferência e paranóia como um tipo clínico da psicose. As questões são formuladas a partir de casos clínicos de paranóia atendidos em CAPS, que permitem uma articulação de seus elementos com o mecanismo próprio da paranóia, principalmente no que diz respeito à transferência. A partir da construção lacaniana do conceito de metáfora paterna, constata-se a incidência da ausência do significante do Nome-do-Pai tanto na esquizofrenia quanto na paranóia. Contudo a paranóia apresenta a especificidade do mecanismo da Verhaltung, que vem a designar a relação do sujeito paranóico com o significante. Os casos clínicos ressaltam elementos que dizem respeito a uma especificidade em relação à transferência na paranóia. Neste contexto, a dissertação propõe articular qual relação possível entre o mecanismo da Verhaltung e o algoritmo da transferência