Repercussões à saúde percebidas por trabalhadores de enfermagem atuantes nos serviços de urgência e emergência decorrentes do trabalho durante a pandemia de COVID-19
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18823 |
Resumo: | Introdução: o trabalho é um dos determinantes sociais em saúde, dignificando a vida do homem, porém gerando riscos inerentes à atividade desenvolvida. Trabalhadores de enfermagem que atuam nos serviços de urgência e emergência vivenciam condições desfavoráveis, acarretando adoecimento físico e mental. Esses riscos são dinâmicos e com características modificáveis devido à transição demográfica e o cenário epidemiológico. O atual campo epidemiológico causado pelo vírus Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus (SARS-CoV-2) e a lacuna existente nos bancos de dados sobre a temática, justifica a necessidade de estudo que avaliem os danos e repercussões à saúde desses trabalhadores. Teve-se, como objetivo geral, descrever as repercussões à saúde percebidas pelos trabalhadores de enfermagem atuantes nos serviços de urgência e emergência, decorrentes do trabalho durante a pandemia. Como objetivos específicos, caracterizar o perfil sociodemográfico, laboral e clínico; identificar as palavras que representaram repercussões positivas e negativas e suas principais relações com o trabalho; categorizar as repercussões à saúde percebidas por estes trabalhadores. Método: trata-se de estudo transversal, descritivo, com abordagem qualitativa, que teve como cenário os serviços de urgência e emergências em nível nacional. A população foram os trabalhadores de enfermagem. Para a análise qualitativa utilizou-se a análise de conteúdo, subsidiada pelas estatísticas textuais, classificação hierárquica descendente e análise de similitude do software IRAMUTEQ. Pesquisa aprovada pela Comissão Nacional de Pesquisa. Resultados: foram analisadas 18 entrevistas, a idade média dos participantes foi de 34,77 anos. A maioria possui dois ou mais vínculos de trabalho (66,67%), atuando na rede pública (88,88%), em regime de contrato estatutário (38,88%), seguido por temporário (27,77%); 50% relataram não terem realizado testagem para COVID-19 e possuir problemas de saúde prévios; 83,33% estão inseridos na região sudeste. Foi estabelecido a conexidade entre as palavras com maior significância (p < 0,0001), emergindo as seguintes categorias de estudo: Exposição dos trabalhadores de enfermagem ao risco de contaminação, adoecimento e transmissão do vírus COVID-19, resultantes da falta ou inadequação dos EPI’s; Mudanças no ambiente, nos processos e nas relações de trabalho nos serviços de urgência e emergência e Alterações físicas, mentais e psicossociais percebidas pelos trabalhadores de enfermagem atuantes nesses serviços. Conclusão: a pandemia ressignificou o olhar da sociedade e dos próprios trabalhadores de enfergaem para os riscos inerentes à atividade desenvolvida e as repercussões à sua saúde. As repercussões descritas pelos trabalhadores foram: distúrbio no padrão alimentar, cansaço físico, fadiga e consumo acentuado de tabaco, ansiedade, alteração no padrão do sono, medo, exaustão, estresse, isolamento social, solidão, distanciamento dos familiares e estigma social. |