Fatores psicossociais relacionados ao trabalho de profissionais de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Marcelia Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22926
Resumo: Introdução: A exposição ocupacional dos profissionais de enfermagem e a proteção à saúde daqueles que atuam nas Unidades de Terapia Intensiva devem ser estudados com maior aprofundamento e conhecimento dos vieses teórico e técnico-científicos sobre a identificação dos principais riscos psicossociais envolvidos nesta prática. Considera-se que os riscos podem ser variáveis, com características potencialmente modificáveis devido ao surgimento de surtos e endemias mais ou menos transmissíveis e letais, que somam às doenças graves crônicas e agudas já atendidas nestas unidades. Assim, esse estudo teve como objetivo geral investigar os fatores psicossociais relacionados ao trabalho de trabalhadores de enfermagem atuantes em Unidades de Terapia Intensiva Método: estudo transversal, de natureza descritiva e abordagem quantitativa, realizado com trabalhadores de enfermagem atuantes em UTI Adulta Geral, Coronariana, Pediátrica e Neonatal de Unidade Hospitalar Pública do Estado do Rio de Janeiro, entre junho e setembro de 2023. Dados analisados por meio de estatística descritiva e inferencial, a partir dos testes Kolgomorov-Smirnov, Qui-Quadrado ou Teste de Correlação de Pearson para verificação da associação entre variáveis categóricas e Coeficiente de Correlação por Postos de Spearman, adotando-se nível de significância de 95%. Resultados: entreos participantes, predominaram mulheres (69,2%), com menos de 60 anos (96,9%), técnicas de enfermagem (56,9%), e com alto nível de escolaridade (46,2%). Além disso, 81,5% reconhecem que existe um ou mais fatores geradores do desgaste psicossocial nas unidades, e 57,7% destacam a sobrecarga de atividades como o maior fator de geração de desgaste. A maioria dos entrevistados não reconhece apoio ou programas voltados ao apoio psicossocial no trabalho. As análises inferenciais denotam correlação positiva e estatisticamente significativa entre idade e as demandas quantitativas, o sentido no trabalho, o suporte social, o senso comum, a qualidade e gestão, a satisfação no trabalho, sintomas de depressão, a vitalidade, o estresse cognitivo e o estresse comportamental. Conclusão: Observou-se que os fatores psicossociais refletem as dificuldades enfrentadas pela equipe de enfermagem, nas unidades de terapia intensiva. Ser mulher, adulta e técnica de enfermagem, elevam o índice de exposição, o que pode estar relacionado à precarização do trabalho, observado pelo tipo de vínculo, onde a sobrecarga de atividades detém a média de maior fator de geração de desgaste, a falta de estabilidade e direitos trabalhistasobserva-se, também, a falta de mecanismos de apoio perceptíveis pela população trabalhadora, para que haja prática e reguraridade de proteção ao desgaste psicossocial e consequente sofrimento no trabalho.