Movimento estudantil em desconstrução: participação política dos estudantes no Colégio Pedro II
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18339 |
Resumo: | Sendo o movimento estudantil brasileiro um movimento social que se destacou e se destaca no cenário político das últimas décadas, as narrativas sobre a sua identificação evocam diferentes posicionamentos. Entre as possibilidades de análise dessas disputas, opto pela problematização de sentidos socialmente produzidos e compartilhados nas enunciações sobre a participação política estudantil nos textos construídos nesta pesquisa, abordados mediante a noção de documento de Jacques Le Goff e de narrativa e entrevista de Leonor Arfuch, em diálogo com teorizações do filósofo Jacques Derrida, sobretudo em suas proposições sobre a desconstrução, bem como acerca da iterabilidade e da performatividade da linguagem. Associando a essa base teórica a reflexão sobre a construção de sujeitos coletivos proposta por Martín Retamozo, em interlocução com as noções de político, política e de democracia em Chantal Mouffe, proponho, nesta tese, discutir sobre as enunciações das identificações da participação política estudantil no Colégio Pedro II, amparado na perspectiva de escola de Jan Masschelein e Maarten Simons e da educação para democracia de Gert Biesta, além de articular tais discussões com estudos da juventude que se dedicam à discussão das questões dessa categorização no contexto brasileiro, como Juarez Dayrell, Marília Sposito, Miriam Leite, entre outros. Destaco, ainda, no esteio dos estudos da juventude, a categorização de identificação performativa da juventude desenvolvida por Miriam Leite, articulando Jacques Derrida e Judith Butler, que permitiu pensar as noções de juventude em termos não essencialistas, e também conceber que os textos focalizados pela pesquisa, ao referir a juventude estudante e sua participação política, podem contribuir, performativamente, para a sua concretização no cenário social. Para viabilizar a problematização dessa participação, organizei a discussão sobre as identificações do movimento estudantil quatro contextos de iteração – essencialismo identitário, instituição, formação escolar e status quo –, que possibilitaram refletir sobre a valoração enunciada nas afirmações e silenciamentos promovidos acerca desse movimento social. Com base nas problematizações desenvolvidas, concluo que a participação política dos estudantes promove uma continuada luta pela audiência das suas vozes em âmbito escolar. Essa luta tem, entre os principais contrapontos, o adultocentrismo como narrativa de constante confrontamento pelo movimento estudantil. Ademais, em relação à instituição escolar, os jovens estudantes enunciaram o desejo de uma escola mais democrática e horizontal, visando possibilitar um espaço de melhor convivência para a comunidade escolar e de aprendizado mais significativo e interessantes principalmente para os estudantes. |