Modelos nulos, efeitos estocásticos e padrões de distribuição e abundância de espécies em paisagens fragmentadas
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20799 |
Resumo: | A perda e fragmentação de habitats naturais reduzem áreas extensas e contínuas e as isola em menores manchas de habitat, gerando paisagens fragmentadas. Essa conversão no uso do solo afeta a sobrevivência das espécies e altera o padrão da distribuição e da abundância das espécies na paisagem. Algumas hipóteses baseadas em efeitos ecológicos têm sido sugeridas para compreender os processos por trás desses padrões, tais como imigração e extinção, disponibilidade de recursos, entre outros. Porém, hipóteses baseadas em simples processos ao acaso são alternativas já reconhecidas em alguns estudos. Um grande desafio para Ecologia de Paisagens é avaliar a contribuição relativa entre os processos ecológicos e probabilísticos como determinantes destes padrões de riqueza e abundância de espécies em paisagens fragmentadas. Como forma de atender essas demandas e avançar no preenchimento dessas lacunas de conhecimento, o presente estudo tem como objetivo geral quantificar a importância de efeitos ao acaso sobre os padrões de diversidade em paisagens fragmentadas. Para esse fim, este estudo foi estruturado em três capítulos onde: (1) investigou-se a contribuição e eficiência do modelo de posicionamento aleatório baseado em área (Coleman), através de uma investigação de sua aplicação prática em estudos publicados sobre a relação espécies-área; (2) realizou-se uma nova abordagem adaptando o modelo nulo abordado anteriormente e adicionando parâmetros espaciais de paisagens fragmentadas, para prever padrões de riqueza e composição de espécies usando dados empíricos de pequenos mamíferos não voadores; e, por fim, (3) esta mesma base de dados foi usada para testar uma outra abordagem já conhecida em macroecologia, porém relativamente nova na escala da paisagem, através de um modelo denominado Landscape Model. No primeiro capítulo foi detectado que o modelo de posicionamento aleatório de Coleman foi pouco considerado na literatura, apesar de eficiente em prever o padrão de riqueza em quase metade dos estudos de caso avaliados. Foi evidenciada uma clara relação entre o grau de explicação do modelo com táxon (favorecendo mais as plantas que os animais) e latitude. No segundo capítulo, foi possível explicar parcialmente a riqueza e a composição de espécies de pequenos mamíferos através de modelos nulos baseados em indivíduos ou parâmetros espaciais da paisagem. Esses modelos também evidenciaram como os padrões podem simplesmente refletir a configuração espacial da paisagem. No terceiro capítulo, modelos baseados na área de vida individual gerou padrões semelhantes de resposta tanto baseado numa abordagem de paisagem discreta (MPD) como contínua (MPC) que considera a qualidade do ambiente. Ambos os modelos foram capazes de explicar, parcialmente, a abundância e a riqueza de pequenos mamíferos, entretanto apenas o MPC não teve nenhum viés estatístico. Os modelos desenvolvidos nesta tese representam novos avanços teóricos e metodológicos sobre os processos causais do padrão da distribuição e da abundância das espécies na escala da paisagem, pois oferecem novos modelos que permitem explorar e estimar a relativa contribuição desses efeitos probabilísticos. A compreensão dos processos trás desses padrões ajudará em futuras estratégias para conservação de espécies em paisagens fragmentadas |