Ilhas do litoral norte do estado de São Paulo: paisagem e conservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Sartorello, Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-19072010-135902/
Resumo: Para se chegar a modelos mais precisos de unidades de conservação devemos pensar a importância do desenvolvimento do conhecimento sobre a dinâmica insular. O principal objetivo da pesquisa foi avaliar a relação entre as fisionomias vegetais encontradas em oito ilhas do litoral norte paulista e alguns de seus aspectos estruturais, com área, forma e distância da costa (isolamento), utilizando como indicadores espécies vegetais de diferentes estágios de sucessão ecológica, em matas de encosta. Foram selecionadas oito ilhas com diferentes áreas, formas e distâncias da costa: ilhas do Prumirim, Porcos Pequena, Comprida, das Couves (Ubatuba), ilhas do Mar Virado, Tamanduá e Maranduba (Caraguatatuba) e ilha da Vitória (Ilhabela). O trabalho foi desenvolvido com em três etapas: primeiro a apreensão sobre a área de estudo, por meio da produção de bases e produtos cartográficos em escala 1:10.000, incluindo um mapeamento das fisionomias vegetais com base em ortofotos e imagens de satélite; segundo, a produção de dados primários, por meio de estudo sobre as métricas de paisagem para todas a ilhas do litoral norte, avaliando e área, forma e isolamento. o levantamento bibliográfico das espécies arbóreas que ocorrem nas ilhas, e um trabalho de campo focal na ilha do Prumirim; e terceiro, o mapeamento de unidades de paisagens das ilhas e elaboração de proposta para o planejamento de seu uso testando três variáveis, conservação, assentamento e turismo. Dentre os resultados destacamos: os mapas de vegetação, com os quais foi possível mensurar e comparar os tipos de fisionomias que cobrem as ilhas; a análise da forma, do tamanho e isolamento da ilhas do litoral norte, que resultou em dados mais precisos sobre esses ambientes insulares e trouxe parâmetros de comparação para as ilhas selecionadas, no contexto da região costeira; o levantamento de espécies, revelando que das treze mais frequentes nas ilhas slecionadas, sete são pioneiras, características de formações secundárias, evidenciando o aspecto geral de mata alterada em estágio de regeneração e ressaltando da importância dessas espécies generalistastas; a alta correlação entre o número de espécies em cada ilha com a área e forma, um dos preceitos da teoria biogeográfica de ilhas; e por último, a partir da delimitação das unidades de paisagens, a proposta de uso para as ilhas na qual, em síntese, identificamos um forte potencial para a conservação e o turismo ordenado, equação da qual acreditamos, depender o futuro das ilhas. Esperamos que este trabalho traga além de um aprofundamento sobre o conhecimento desses ambientes insulares, uma inquietação sobre as formas de se pensar a conservação não só de ilhas, mas de tantos outros ambientes isolados, como os fragmentos continentais da mata Atlântica.