Leitura alegre: livros licenciosos e de entretenimento no Brasil no final dos Oitocentos (1896-1905)
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16839 |
Resumo: | No Brasil na década de 1890, à luz do sucesso da imprensa picante e satírica, ocorre uma expansão do mercado editorial com as vendas crescentes de livros populares, entre eles os pornográficos e os romances naturalistas. Nos anúncios das livrarias e comentários na imprensa periódica, esses livros eram chamados de “livros para homens” ou “leitura alegre”, expressão mais abrangente que adotamos no título do trabalho. A expressão “leitura alegre” foi adotada pelo comércio livreiro do fim do século XIX para designar livros que causavam “euforias e sensações” no público leitor, devido ao conteúdo licencioso e, especialmente, ao caráter divertido e prazeroso da linguagem de entretenimento, retomado do humanismo renascentista de Boccaccio, Rabelais e Aretino, e da literatura libertina do século XVIII. A pesquisa objetiva conhecer a literatura da “leitura alegre”, tendo como foco de interesse o estudo dos livros oriundos da coluna “O Filhote”, da Gazeta de Notícias: Álbum de Caliban (1897-1898), de Caliban, pseudônimo de Coelho Neto, (1864-1934); Pimentões (Rimas d’ O Filhote), de Puff e Puck, respectivos pseudônimos de Guimarães Passos (1867-1909) e Olavo Bilac (1865-1918); Filhotadas (Casos galantes d’O Filhote) e Casos alegres: histórias para gente sorumbática (1905), de Pierrot, pseudônimo de Pedro Rabelo (1868- 1905). Com exceção de Filhotadas, todos os livros foram publicados pela Livraria Laemmert &C., uma das mais antigas e conceituadas do país. Para cumprir os objetivos do trabalho, a pesquisa levanta informações sobre os autores e sua relação com o mercado da “leitura alegre”, entre as décadas do final do século XIX e a inicial do XX, no Acervo da Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional, por meio dos pressupostos teóricos da história do livro e da leitura (CHARTIER, 1990) |