Geologia e geocronologia do Complexo Marceleza: vestígios de um arco magmático cordilherano do Terreno Paraíba do Sul, no limite entre os estados do RJ e MG
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7130 |
Resumo: | O objetivo deste estudo é caracterizar as rochas básica à intermediárias do Complexo Marceleza através de petrografia, litogeoquímica e geocronologia. As rochas do Complexo Marceleza estão inseridas no Cinturão Ribeira, na porção noroeste do Estado do Rio de Janeiro na fronteira com o Estado de Minas Gerais. O Complexo Marceleza é representado por gabros, dioritos e monzonitos metamorfisados que intrudiram os ortognaisses Paleoproterozóicos (Complexo Quirino) do Terreno Paraíba do Sul/Embú. Paragêneses metamórficas destas rochas exibem condições de fácies anfibolito superior à granulito. Dados petrográficos e geoquímicos sugerem que estas rochas ígneas pertenciam a uma série cálcio-alcalina à shoshonítica. Apatir destes dados, foi realizada uma subdivisão em três grupos cálcio-alcalinos, um com assinatura de médio potássio e dois com características de potássio elevadas, e um com assinatura shoshonítica. Os elementos maiores, menores e traço, incluindo os ETR confirmam essa subdivisão. Os spidergrams de ETR e outros diagramas tectônicos discriminatórios sugerem fortemente que essas rochas foram geradas em ambientes de arcos magmáticos. Análises U-Pb realizadas em zircão por LA-MC- ICPMS nestas rochas forneceram idades de cristalização entre ca. 618 e 600 Ma, com um alto grau metamórfico registrado em ca. 582-572 Ma. Nos últimos anos, pelo menos, três novos arcos magmáticos foram descritos na literatura como pertencentes ao cinturão orogênico Neoproterozóico do sudeste do Brasil. Estes arcos magmáticos estão localizados no Terreno Oriental deste cinturão. Eles mostram assinaturas geoquímicas e geocronológicas consistentes com um ambiente tectônico mais primitivo, evoluindo de um ambiente intra-oceânico ao cordilheirano. Por outro lado, a ocorrência de outros arcos magmáticos sobre o Terreno Ocidental, como o Complexo Serra da Bolívia, apontam configurações cordilheiranas, com significativa contribuição do embasamento Paleoproterozóico. Além disso, o Complexo Serra da Bolívia tem sido citado na literatura como correlato aos arcos magmáticos do Socorro e Galiléia/Rio Doce localizados no sul das Faixa Ribeira e Araçuaí, respectivamente. Os novos dados apresentados indicam forte semelhança entre a rochas do Complexo Marceleza com as rochas relacionadas do Complexo Serra da Bolívia. A localização desta nova associação, ao sul dos anteriormente descrito arcos do Rio Doce e da Serra da Bolívia favorece fortemente a correlação com os arcos cordilheiranos localizados nos terrenos Embú e Socorro. Finalmente,como estas rochas têm uma posição estratégica na região mais ocidental entre os arcos cordilheranos do sistema orogênico Araçuaí-Ribeira, os novos dados contribuem para a evolução tectônica do segmento ocidental do supercontinente Gondwana |