Efeito terapêutico do extrato do caroço do açaí sobre o metabolismo glicídico, as alterações metabólicas, hepáticas e pancreáticas em modelo experimental de obesidade: estudo comparativo com a metformina
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22455 |
Resumo: | A obesidade é caracterizada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura que leva a um estado inflamatório sistêmico e crônico de baixo grau podendo ocasionar o desenvolvimento de diversas alterações metabólicas aumentando, assim, os riscos à saúde. É uma doença de causas multifatoriais, de difícil controle e que diminui consideravelmente a qualidade e a expectativa de vida. A literatura tem mostrado resultados promissores nos efeitos benéficos de compostos fenólicos presentes em alguns alimentos nas alterações metabólicas provocadas por essa doença. Em busca de fármacos que atuem de forma menos prejudicial ao organismo, o presente estudo tem como objetivo avaliar pela primeira vez o efeito terapêutico do extrato hidroalcoólico do caroço do açaí (ASE), rico em polifenóis como catequinas, antocianinas, epicatequina, dentre outros, e comparar com os efeitos da Metformina (MET), hipoglicemiante utilizado no tratamento do diabetes mellitus tipo 2, sobre as alterações metabólicas e histológicas do pâncreas e do fígado. Camundongos machos C57BL/6 com 3 meses de idade foram separados em quatro grupos e receberam as seguintes dietas durante 14 semanas: Grupo Controle (dieta normolipídica); Grupo Hiperlipídico (dieta hiperlipídica); Grupo Hiperlipídico + ASE (dieta hiperlipídica + ASE 300 mg/kg); e Grupo Hiperlipídico + Metformina (dieta hiperlipídica + Metformina 300 mg/kg). O tratamento com ASE e MET foi iniciado a partir da 10ª semana e realizado até a 14ª semana. O peso corporal, o consumo calórico e a glicemia foram avaliados durante todo o período de 14 semanas. Posteriormente à eutanásia, foram avaliados o perfil lipídico plasmático e a dosagem de ALT por ensaio colorimétrico. Os níveis plasmáticos de leptina e o GLP-1 foram avaliados por ELISA e o glicogênio hepático por ensaio enzimático. O índice de adiposidade foi avaliado a partir do peso dos tecidos adiposos dos compartimentos epididimário, retroperitoneal e subcutâneo e corrigido pela massa corporal. O pâncreas e o fígado foram isolados e armazenados em formalina para análise histológica e imunohistoquímica. Os tratamentos com ASE e MET foram capazes de reduzir o peso corporal, o índice de adiposidade, a dislipidemia, a glicemia, a leptina e o ALT no plasma além de reduzir a imunomarcação de insulina nas ilhotas. Os tratamentos também se mostraram eficazes na redução de esteatose pancreática e hepática e no aumento dos estoques de glicogênio hepático. No entanto, nossos dados foram inconclusivos na dosagem do GLP-1. O ASE apresentou resultados em alguns desses pontos ainda mais promissores do que a metformina utilizada para controle positivo como na redução de peso, do colesterol total, no controle glicêmico, no metabolismo de glicogênio hepático e, também, da deposição de gordura no pâncreas e no fígado. Em conjunto, esses resultados sugerem um pontencial terapêutico promissor do ASE no controle da obesidade demonstrando efeito hipolipidêmico, hipoglicemiante e antidiabético, sugerindo também que o ASE pode ser uma ferramenta importante para o tratamento da esteatose pancreática e hepática presentes neste modelo |