Suplementação aguda do trans-resveratrol melhora a função endotelial em pacientes hipertensos

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Marques, Bianca Cristina Antunes Alves
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
• Palavras-chave em Português: Resveratrol; Endothelial function; Hypertension; Função endotelial; Hipertensão; Polifenóis Uso terapêutico; Endotélio vascular Efeitos de drogas; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::CARDIOLOGIA
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8791

Disfunção endotelial é um marcador precoce no desenvolvimento da aterosclerose e pode contribuir para outros eventos cardiovasculares. O resveratrol melhora a função endotelial em animais, mas em humanos, os estudos são limitados. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito agudo da suplementação na função endotelial de pacientes hipertensos. Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, cruzado e placebo controlado, com 24 pacientes hipertensos, de ambos os gêneros, com idade entre 45 e 65 anos, com disfunção endotelial. Pacientes foram randomizados para receberem dose única de trans-resveratrol (300 mg) ou placebo com intervalo semanal. A medida da pressão arterial (PA), parâmetros hemodinâmicos centrais, como augmentation index (Aix) e a pressão arterial sistólica aórtica (PAS aórtica), por tonometria de aplanação e da função endotelial através da dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial foram realizadas antes e após uma hora e meia da dose do estudo. O trans-resveratrol melhorou a DMF da artéria braquial (4,3±0,5 vs 6,1±0,8%, p=0,026) comparado com o placebo (4,1±0,9 vs 4,3± 0,6%, p=0,114). Não houve diferença estatística entre os valores basais e finais da PA periférica (placebo 139±2/87±2 vs 141±3/88±2 mmHg; trans-resveratrol 142±2/87±2 vs 145±3/88±3 mmHg, p> 0,05). Também não houve diferença significativa nos parâmetros hemodinâmicos centrais (Aix, placebo 34±3 vs 36±3%; trans-resveratrol 37±2 vs 37±2%, p>0,05) e (PAS aórtica, placebo 131±3 vs 132±3 mmHg; trans-resveratrol 131±2 vs 133±2 mmHg, p>0,05). Somente o trans-resveratrol apresentou correlação entre a DMF final com a lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol) (r=0,49; p=0,024). Conclui-se que a suplementação aguda do trans-resveratrol melhora a função endothelial em pacientes hipertensos com disfunção endothelial.