A análise de discurso em sala de aula: promovendo outras leituras sobre os sentidos do masculino e do feminino
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras, Mestrado Profissional em Rede Nacional (PROFLETRAS) - FFP |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18767 |
Resumo: | A presente pesquisa nasce da observação da dinâmica de uma turma de nono ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Professora Odysséa Silveira de Siqueira no que concerne à forma como os/as aluno/as se percebiam enquanto leitores/as e o modo como o machismo estava presente na rotina da sala de aula. Essa inquietação originou a elaboração de um projeto de intervenção com o objetivo de propor práticas de leitura e interpretação com esses/as alunos/as, de forma a exercitar com eles/as leituras críticas, promovendo uma compreensão dos modos de produção de sentidos sobre o masculino e o feminino dos textos selecionados. A abordagem metodológica adotada no trabalho é a da Análise do Discurso da escola francesa iniciada por Michel Pêcheux (1969), desenvolvida no Brasil por Eni Orlandi (2003) e pesquisadores por ela formados. A partir dessa abordagem, foi desenvolvido um projeto com os/as alunos/as que se deu por meio de um conjunto de atividades elaboradas e propostas de modo a promover a prática de leitura discursiva de diferentes materialidades significantes, debates, escrita de diários e roda de conversa. Com essas práticas, buscamos percorrer um caminho de desconstrução dos sentidos estereotipados, naturalizados, sobre o feminino para, então, poder produzir outros sentidos. A pesquisa contou também com teóricas feministas como Simone de Beauvoir, Angela Davis e Judith Butler, bem como com a contribuição de outros que se voltam a pensar sobre as questões de gênero como Pierre Bourdieu. Sendo esta uma pesquisa de natureza interpretativista, qualitativa e de caráter etnográfico, pressupõe a observação e participação dos sujeitos da pesquisa, professora e alunos/as, no decorrer do processo. Para além do envolvimento e engajamento da turma, que pode ser percebido pelas análises do processo bem como da produção escrita dos/as alunos/as, houve uma reflexão da própria prática pedagógica e do papel da professora pesquisadora no decorrer do projeto de pesquisa. |