A relação transescalar e multidimensional Petróleo-Porto como produtora de novas territorialidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Pessanha, Roberto Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Oil
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14805
Resumo: Esta tese analisa o setor de petróleo e suas fortes relações com o sistema portuário e marítimo (em termos operacionais e comerciais), com o poder político (Estado) e com a financeirização da economia (na superestrutura). A investigação procurou trazer novos elementos para a compreensão da singularidade desta inter-relação capitalista, lubrificada pelo petróleo, como produtora de novas territorialidades e regionalidades. A observação empírica detalhou os movimentos do capital no Estado do Rio de Janeiro e outros nós da extensa e imbricada rede de corporações do setor petróleo a nível global. É uma tese sobre os movimentos do capital em meio a fortes relações de poder, que traz inúmeras evidências para a importância dos complexos portuários e dos sistemas marítimos (até então pouco percebidos) na organização e impulso da indústria do petróleo, como grande dinamizadora do capitalismo histórico, por meio de uma análise multidimensional sustentada especialmente nas relações econômicas e da geopolítica da energia, tomando como base temporal a década entre os anos 2006 e 2016. Partindo dessa temporalidade, a tese identifica o setor petróleo como um dos principais eixos econômicos de desenvolvimento do Brasil, com imensa capacidade de arrastar diversas outras cadeias produtivas, vinculadas tanto à indústria quanto à infraestrutura; em especial, a de circulação de mercadorias. A tese, dessa forma, confirma que a inter-relação capitalista produz uma dinâmica econômico-socioespacial singular, com características multidimensionais e transversais em termos de repercussão sobre o território. Considera que esse movimento do capital, sua inter-setorialidade e a particular territorialização produziram um circuito espacial de produção (do petróleo e dos royalties), envolvendo três regiões do Estado do Rio de Janeiro (Metropolitana, Baixadas Litorâneas e Norte Fluminense), que gera uma urbanização com aspectos mais regionais