Dependência Acadêmica, Hegemonia e Ensino Superior brasileiro: o Arbitrário Cultural Dominante no ensino das Ciências Sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Frederico Borges de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14854
Resumo: A presente dissertação tem por objeto de estudo a estruturação da universidade pública brasileira sob a ótica das lutas de classes considerando-a como elemento fundante da hierarquização na produção de ciência, e as manifestações desta relação nas produções nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas, para análise dos efeitos dessa estrutura na formação dos cientistas sociais brasileiros. Sob a luz da categoria Ideologia verifica-se como a luta de classes influenciou e ainda influencia a concepção do Ensino Superior, e com os aportes do materialismo histórico compreende-se a funcionalidade da universidade ao projeto hegemônico que domina o Estado Nacional, isto é, sua atividade em prol de interesses específicos da classe dominante para além da produção de ciência e da mão de obra, sendo, a universidade, um importante agente na reprodução ideológica via inculcação de determinado arbitrário cultural. A universidade pública é então historicamente operada pelo Estado sob determinada concepção e, tal como o próprio Estado, esta concepção é hegemonizada pela burguesia o que afeta o ensino e a própria instituição. Portanto realizou-se o resgate histórico da constituição da universidade pública brasileira e uma pesquisa sobre as ementas que baseiam os estudos sociológicos nas áreas de conhecimento supracitadas na UERJ e UFRJ, o que demonstrou o alinhamento das bases ideológicas presentes na formulação do Estado Burguês, na concepção de universidade vigente como fruto das condições estruturais impostas, o que no caso do capitalismo brasileiro carrega características próprias, como a dependência econômica. A relação entre capitalismo dependente e universidade acarreta em uma estrutura de produção de conhecimentos trespassada pela relação centro e periferia do capitalismo, onde a hierarquização e a valorização do conhecimento produzido são relacionadas aos interesses de classe e de mercado. Essa concepção da produção de conhecimento imprime reflexos não somente no conhecimento produzido, mas também no formato de ensino assumido pela Universidade. A hipótese desse trabalho é que, a partir da identificação desta lógica na formação das estruturas sociais e nas normas constituintes do ensino superior nacional se construa apontamentos para sua superação e explicação