Efeito da dieta contendo óleo de canola sobre a composição corporal e a estrutura óssea de ratas jovens e de ratas adultas ovariectomizadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Aline de Sousa dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16194
Resumo: A homeostase óssea é modulada por fatores nutricionais e hormonais. A baixa relação ômega-6/ômega-3, observada no óleo de canola, apresenta efeitos benéficos para a integridade óssea. O maior conhecimento sobre a ação dos ácidos graxos sobre a estrutura óssea pode beneficiar mulheres na menopausa, reduzindo o risco de doenças osteometabólicas e de fraturas. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar o efeito da dieta contendo óleo de canola sobre a composição corporal e a estrutura óssea de ratas, ao longo do desenvolvimento, na presença e na deficiência de esteróides sexuais femininos. Ratas Wistar receberam dieta normolipídica contendo óleo de soja (grupo S) ou óleo de canola (grupo C) dos 21 aos 180 dias de vida. Aos 90 dias, as ratas foram ovariectomizadas (OVX) ou pseudo-operadas (SHAM), formando 4 grupos: ShamS, ShamC, OVXS e OVXC. A eutanásia ocorreu aos 60, 90 e 180 dias, sendo análisados: ingestão alimentar, massa e comprimento corporal, teste de tolerância à glicose, HOMA, insulina e estradiol plasmáticos, perfil lipídico, proteínas plasmáticas, composição corporal por absorciometria de feixe duplo de raios-X (DXA), tomografia computadorizada (TC), conteúdo de triglicerídeo, colesterol e glicogênio hepáticos, morfologia do pâncreas, do tecido adiposo e do fígado. Em fêmur e quarta vértebra lombar (VL4) foram analisados o conteúdo (CMO) e a densidade minerais ósseos (DMO), a área óssea (AO) e a radiodensidade da cabeça do fêmur (RCF) e do corpo vertebral (RCV). Aos 60 dias: não houve diferença entre os grupos quanto a ingestão alimentar, composição corporal e parâmetros ósseos. O grupo C apresentou intolerância à glicose, hiperinsulinemia, resistência à insulina, aumento da área da ilhota pancreática, menor área de adipócito, aumento da massa do fígado, aumento de triglicerídeo e glicogênio hepáticos, micro esteatose hepática, aumento de fosfatase alcalina e alanina transaminase e menor concentração de estradiol. Aos 90 dias: não houve diferença entre os grupos em todos os aspectos analisados, exceto, a menor área do adipócito e o aumento de fosfatase alcalina e glicogênio hepático no grupo C. Aos 180 dias: a ingestão alimentar e o comprimento corporal foram similares entre os quatro grupos. Os grupos OVX apresentaram intolerância à glicose; maiores massa corporal, adiposidade, área de adipócitos e concentrações plasmáticas de fosfatase alcalina; e menores massa magra, massa do útero, concentração de estradiol, DMO de fêmur e VL4, RCF e RCV. O grupo OVXS apresentou hipercolesterolemia. O grupo OVXC apresentou resistência à insulina, aumento de triglicerídeo hepático e esteatose hepática. A dieta contendo óleo de canola não promoveu maior pico de massa óssea na maturidade sexual, aos 60 dias, e nem preveniu a perda óssea no período de deficiência estrogênica. Adicionalmente, foi deletéria para o metabolismo glicídico e promoveu danos hepáticos, nas ratas jovens e, quando associada à deficiência estrogênica exacerbou as alterações glicídicas e hepáticas.