O Impacto do Subsídio de Crédito no Ciclo Econômico e na Eficiência das Políticas Macroeconômicas no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Abreu, Thiago Felipe Ramos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Ciências Econômicas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19532
Resumo: Nesta Tese, elaborou-se dois estudos. No primeiro, examina-se como o crédito subsidiado afeta as políticas macroeconômicas sob diferentes regras fiscais em um contexto de Dívida Pública não explosiva. Para tanto, calibra-se um modelo DSGE monetário com rigidez nominal (Christiano et al. (2005) e Smets e Wouters (2007)); com fricções financeiras (Gertler e Karadi (2011)), em que os intermediadores financeiros escolhem como distribuir seus investimentos em títulos de dívida pública e de financiamento de capital, resultando em um novo mecanismo de crowding-out que reduz o acesso privado ao crédito quando bancos acumulam dívida soberana em seus passivos (Kirchner e Van Wijnbergen (2016)); com uma taxa de financiamento do capital subsidiada determinada endogenamente. No segundo estudo, através da estimação de um modelo DSGE, similar ao calibrado, mas modificado para permitir uma inflação positiva no estado estacionário (Ascari e Sbordone (2014)) e para tornar estocásticos a meta de inflação, o prêmio de risco, as preferências de consumo intertemporal das famílias e a taxa de juros subsidiada; analisa-se a importância das fontes exógenas na determinação do ciclo de negócios do Brasil, a eficácia das políticas macroeconômicas e calculou-se multiplicadores fiscais. As principais conclusões, do primeiro estudo, foram: quando financiada por impostos sobre consumo, a política monetária, na presença do subsídio, se torna mais restritiva, sendo menos restritiva quando financiada por imposto lump-sum; há uma redução do poder da política monetária sobre a inflação, na presença de subsídio, na maioria das regras fiscais analisadas; a política fiscal é mais expansionista, na presença de subsídios, quando são usados ​​impostos lump-sum, mas sem divergências quando a regra fiscal combina várias fontes de arrecadação; a efetividade do crédito subsidiado, em atenuar uma política monetária restritiva, ou em sublevar uma política fiscal expansionista, depende mais de como o custo fiscal adicional é financiado. As principais conclusões, do segundo estudo, foram: um choque exógeno positivo na taxa de juros subsidiada tem pouco impacto sobre o ciclo de negócios, quando comparado aos demais choques, reduzindo o PIB, a carga tributária bruta, o déficit e a relação Dívida /PIB; um choque negativo na qualidade do capital apresenta uma recessão significativamente maior na presença de subsídios creditícios; os choques exógenos de política monetária e fiscal não apresentaram, na presença de subsídio de crédito, divergências estatisticamente significantes quando a regra fiscal combina várias fontes de arrecadação; a mediana do multiplicador de impacto dos gastos do governo, na presença de subsídios creditícios, é igual a 0,17, com intervalo de confiança entre 0,16 e 0,20.