Palagens

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Borges, Carlos Eduardo Dias
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Artes
• Palavras-chave em Português: Smooth time; Grooved time; Entendimentação; Reception; Palagens; Tempo liso; Tempo estriado; Recepção; Arte - Filosofia; Percepção visual; Tempo na arte; Espaço (Arte); Imagem (Filosofia); CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7364

Palagens apresenta a poética de trabalhos permeados pela conjugação de palavras e imagens e que tem por pretensão transcender as possibilidades de significações de ambas quando tomadas separadamente. Proponho a existência de momentos perceptivos distintos na recepção de trabalhos de arte, referidos pelas expressões tempos lisos (perceptíveis como cronológicos) e tempos estriados (breves instantes nos quais o observador perde a consciência espacial e temporal habitual), tomadas como analogia às expressões espaços lisos e espaços estriados apresentadas por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Analiso essas experiências artísticas com base nos escritos de Michael Fried e de Robert Morris, e especifico como ocorrem essas experiências referenciais. Nos dois primeiros capítulos apresento essa teoria, cuja pertinência analiso nos dois últimos. No terceiro analiso sua pertinência na produção das pinturas da série Meu nosso e, no quarto, em trabalhos no espaço. Apresento a própria produção anterior como indutora da teoria desenvolvida. Identifico nesses trabalhos, em intensidades menores do que nas obras que apresento como referenciais nessa pesquisa, a possibilidade de geração de momentos perceptivos semelhantes. Utilizo essa elaboração central ao desenvolvimento da tese para analisar a presença dos termos aplicados aos trabalhos desenvolvidos. Na reflexão sobre a ação performática No rules, on rules (2018), passo a denominar entendimentação os instantes da ocorrência da experiência perceptiva e conceitual, que penso possível pela conjugação de palavras e imagens. Entendimentos que podem ocorrer em momentos de tempos estriados, dependentes da ação fenomenológica que envolve a interatividade com as propostas. Proponho ainda analisar com esse enfoque temporal a recepção de outros trabalhos de artes visuais sem a presença formal de palavras. E nos trabalhos relacionados ao conceito de fauna emprego a palavra reduzida a sua forma verbal