Autocuidado de saúde e o cuidado do outro na pandemia de COVID-19: representações sociais e práticas em interação
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22344 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivo geral analisar as representações sociais de pessoas da sociedade em geral acerca do autocuidado de saúde e do cuidado do outro e suas relações com as práticas de proteção desenvolvidas na pandemia de COVID-19. Definiu-se a seguinte tese: A representação social do autocuidado e do cuidado do outro estabelece uma relação de dependência com as práticas de autocuidado de saúde, no contexto da COVID-19, contribuindo para uma percepção positiva ou negativa da saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório pautado na Teoria das Representações Sociais em suas abordagens estrutural e processual. Participaram do estudo 623 pessoas da sociedade selecionadas através da técnica da bola de neve, com amostra não probabilística. A maioria do grupo é do sexo feminino f=476 (76,4%), com idade menor ou igual a 29 anos f=162 (26%), que reside na região Nordeste f=280 (44,9%) e que possui ensino superior completo f=470 (75,4%). A coleta de dados ocorreu através da autoaplicação do questionário socioeconômico e da técnica de evocações livres de palavras ao termo indutor “Cuidado da pessoa com COVID-19”, no ano de 2020, através de coleta online. Uma subamostra de 31 participantes foi sorteada aleatoriamente para participar das entrevistas semiestruturadas que ocorreram de forma online. A análise dos dados do questionário socioeconômico, de evocações livres de palavras e da entrevista semiestruturada ocorreram, respectivamente, através da análise estatística descritiva com o auxílio dos softwares Excel e SPSS; da construção do quadro de quatro casas instrumentalizada pelo software EVOC; e da técnica de análise lexical instrumentalizada pelo software Alceste. Os resultados mostram, na análise da estrutura da representação do “cuidado da pessoa com COVID-19” no possível núcleo central, os termos isolamento-social, cuidados, EPI, elementos pragmáticos, e amor e medo, elementos normativos. O termo isolamento-social parece definir a identidade do cuidado da pessoa com COVID-19. A primeira periferia é composta pelos termos solidariedade, empatia, contágio, missão, hospital-uti e atenção. A segunda periferia abarca os elementos coragem, conhecimento-desconhecimento. A zona de contraste abarca os termos proteção, higiene, máscara, risco e insegurança. Identificou-se que a representação social do cuidado da pessoa com COVID-19 é pautada na prática de cuidados preventivos, especialmente o isolamento social, visando o autocuidado e o cuidado do outro na prevenção da COVID-19. Tais cuidados preventivos podem estar atrelados ao medo da contaminação pelo vírus, embora o cuidado seja uma expressão de amor, atenção e solidariedade. Na análise lexical identificou-se que o autocuidado é referido como um cuidado de saúde, manifestado através da adoção de medidas preventivas, especialmente o isolamento social, além de cuidados físico-corporais e afetivo-relacionais. Confirmando-se a tese da presente pesquisa, conclui-se que a representação social do autocuidado e do cuidado do outro estabelece uma relação de dependência com as práticas de autocuidado de saúde no contexto da COVID-19, representando, portanto, práticas em interação. |