Autocuidado de adolescentes na pandemia da COVID-19

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Costa, Adelita Cabrera
• Orientador(a): Oliveira, Wanderlei Abadio de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
• Palavras-chave em Português: adolescência; autocuidado; pandemia; saúde mental; adolescence; self-care; COVID-19 Pandemic; mental health
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16710

A adolescência é um período do desenvolvimento em que são valorizadas, sobremaneira, as relações sociais e de amizade. Nessa fase, há um maior investimento subjetivo no grupo de pares que assume protagonismo no processo de desenvolvimento. Assim, inferiu-se que o isolamento social e o fechamento das escolas, impostos pela pandemia da COVID-19, podem ter impactado de maneira significativa a saúde mental e a qualidade de vida dos adolescentes. O presente estudo teve como objetivo conhecer processos de autocuidado adotados por adolescentes durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que foi desenvolvida em uma escola pública da região metropolitana de Campinas/SP. Participaram da investigação, de forma voluntária, 17 adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, matriculados nas três séries do Ensino Médio. Os dados foram coletados por meio da Técnica de Diário e analisados seguindo os pressupostos da análise temática. Foram extraídos do material analítico 68 códigos iniciais que foram agrupados em seis grandes temáticas. Finalizado o processo de análise, foram construídos três temas definitivos: 1. Autocuidado físico; 2. Autocuidado psicológico; 3. Déficit de autocuidado. Verificou-se que os estudantes, além de demonstrarem conhecimento sobre as práticas de autocuidado também emitiam comportamentos dessa natureza no cotidiano. Observou-se ainda que, os adolescentes praticavam o autocuidado como uma forma de manter o bem-estar físico, mental e a qualidade de vida. O estudo permitiu que os adolescentes refletissem sobre o cuidado consigo, ultrapassando a lógica das prescrições de comportamentos saudáveis. O estudo pode ser considerado como inicial e outras pesquisas são incentivadas, principalmente no que se refere ao autocuidado psicológico na adolescência.