A internação domiciliar no Hospital Antônio Bezerra de Faria: uma nova alternativa de atenção humanizada e suas consequências, sob a perspectiva dos cuidadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Stefanon, Luciana Ceolin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3972
Resumo: Este estudo teve como proposta desvelar, a partir da perspectiva das cuidadoras de familiares, como se dá o processo de trabalho da equipe de Internação Domiciliar e as principais consequências desta prática de cuidados sobre a vida das famílias assistidas. O estudo teve uma abordagem qualitativa e foi utilizada a técnica de entrevista, semi-estruturada, para a coleta das informações, com as sete cuidadoras, sujeitos da pesquisa, do sexo feminino e da própria família (mães e filhas) dos pacientes reinternados no Programa de Internação Domiciliar do Hospital Antônio Bezerra de Faria, pertencente à rede pública estadual, localizado no município de Vila Velha, estado do Espírito Santo, na Região Sudeste do Brasil. As entrevistas foram analisadas utilizando-se a metodologia da análise de conteúdo sugerida por Minayo (2007), das quais foram extraídas quatorze categorias analíticas, relacionadas ao adoecimento, aos cuidados hospitalares e aos cuidados domiciliares. Identificou-se um nível elevado de satisfação das cuidadoras com a atenção prestada pelas equipes dos diferentes locais, hospitalar e domiciliar, com preferência explícita e unânime pelo domiciliar. As críticas e as referências negativas foram direcionadas ao hospital, como local de transmissão de doenças físicas e psicoemocionais, com ênfase no corredor . Os resultados apontam para uma boa prática de cuidados dos profissionais, humanizada, com respeito ao modo de andar a vida de cada um pacientes, com suas particularidades e individualidades, extensivas aos familiares. O PID mostrou, também, como resultados o necessário estabelecimento de parcerias sociedade-instituições de saúde, a qualificação dos cuidadores, a ampliação dessas práticas diferenciadas de cuidados, a qualificação e ampliação do quantitativo de profissionais em face da repercussão positiva desta experiência, bem como da unanimidade em relação à satisfação com o Programa. Pode-se concluir que, não obstante às mudanças decorrentes do processo de adoecimento, na percepção das cuidadoras, não vivenciar o dia a dia hospitalar, o acesso irrestrito à equipe e ao hospital e a empatia que perpassa estas relações, somados ao conforto e a comodidade do seu domicílio junto aos familiares, sua reinserção social agregadas à dedicação, carinho e amor da equipe, gerando segurança e tranqüilidade, são consequências positivas que as cuidadoras destacam como decorrentes dos cuidados oferecidos nos domicílios.