Cicatrização renal após nefrectomia parcial laparoscópica sem fechamento do sistema coletor em porcos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Souza, Diogo Benchimol de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12305
Resumo: Embora alguns estudos tenham descrito as semelhanças e diferenças anatômicas entre o rim humano e o rim suíno, pouco é conhecido sobre a cicatrização renal neste animal. O conhecimento da cicatrização do rim do porco é especialmente importante em procedimentos cirúrgicos que incisem o tecido renal e o sistema coletor, como é o caso da nefrectomia parcial. O objetivo do presente trabalho é estudar a cicatrização renal em porcos após nefrectomia parcial laparoscópica sem o fechamento do sistema coletor. Quatorze porcos machos com peso médio de 30 Kg foram submetidos à nefrectomia parcial laparoscópica esquerda, removendo 25 % do comprimento renal no pólo caudal (n = 7) ou no pólo cranial (n = 7). A técnica cirúrgica empregada envolveu acesso laparoscópico transperitoneal, clampeamento em bloco dos vasos renais, excisão do tecido renal com tesoura a frio e aplicação de energia monopolar para hemostasia do parênquima, deixando o sistema coletor aberto. Os animais foram avaliados clinicamente por 14 dias e então foram mortos. Níveis séricos de creatinina e uréia foram obtidos antes e em diferentes momentos após a cirurgia. São relatados ainda os achados de necropsia, pielografia retrógrada ex vivo e aspectos histológicos dos pólos renais operados. Os níveis séricos de uréia e creatinina tiveram leve aumento inicial retornando aos valores pré-operatórios durante o período avaliado. Durante a necropsia verificou-se que não houve extravasamento de urina a partir do rim operado e que este se cobriu com tecido fibroso, aderindo-se aos tecidos adjacentes. Nas pielografias retrógradas não foi verificado nenhum extravasamento de contraste pelos pólos operados. Os achados histológicos mostraram grande deposição de colágeno tipo I sobre o pólo renal operado, vedando-o completamente. O rim suíno não é um bom modelo para pesquisas ou treinamento cirúrgico em que a cicatrização do sistema coletor seja um aspecto importante.