Universidade, política cultural e juventude: O saber, o fazer da extensão universitária nas universidades públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Costa, Patricia Maneschy Duarte da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10470
Resumo: Apesar de todas as crises que as Universidades vêm passando ao longo dos anos e dos contextos diferenciados, elas são capazes, através de seus traços culturais discursos-ações, de construir perfis culturais específicos, os quais são significativos para as definições das concepções, metas, estratégias e ações que redesenham, dinamicamente, suas finalidades. A expressão dessa dinâmica universitária é efetivada no espaço da extensão com propostas arrojadas e renovadas capazes de empreender interlocuções, por profundas relações de interação e intercâmbio de produção e de execução, com a sociedade gerando tecnologias capazes de promover a educação humanista e a cidadania. A cultura nas Universidades é fundamentada, antropologicamente, no universo de relação e reconstrução dessa proposta de educação humanista, mediando e oportunizando a formação da juventude universitária. No entanto, esta juventude, que se situa em espaço e tempos específicos e que experimenta a formação proposta, por vezes não estabelece conexões relevantes com a cultura desenvolvida dentro da Universidade. Por um processo de reflexão, a partir deste contexto, emergem objetivos para se pensar na concepção da cultura na Universidade e sobre modos de saber e fazer na extensão, que propiciam a formação mediada pela compreensão do universo cultural na formação e na vida cotidiana dos jovens universitários. Esta investigação está limita por cenários histórico-cultural e sócio-econômico referentes à construção de uma política cultural nas universidades públicas da cidade do Rio de Janeiro que, diretamente, são impulsionadas pelas diretrizes atualmente propostas pelos Ministério da Cultura e da Educação e pelo Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras. A metodologia surge no percurso da investigação com a opção pela etnopesquisa de concepção fenomenológica. As microssociologias contribuem para a compreensão do ator social como produtor e instituidor do discurso e da realidade por meio de relações sociais, estabelecidas a partir dos grupos envolvidos e suas escolhas políticas, contextualizadas no quotidiano. O referencial teórico desta pesquisa é orientado pelos autores dos estudos culturais abordando: pós-modernidade, relações sociais e grupais e políticas e ações no contexto social conforme: Laclau (1978, 1996) Laclau e Mouffe (2004), Hall (1998, 2003), Garcia-Canclini (2005, 2006), Mendes (2007), Santos (2005, 2006), Nogueira (2000, 2005), Silva (2002), Readings (2002), Souza (2007). Lapassade (2005), Ketele e Roegiers (1993) e Macedo (2006). Finalizando, as políticas culturais em processo de construção nas universidades estudadas demonstraram a possibilidade de uma vivência diferenciada na extensão universitária capaz de agregar valor na formação humanista e cidadã. Os desdobramentos destas ações podem vir a fortalecer as dinâmicas de construção das políticas baseadas em uma concepção de cultura, com alternativa contra-hegemônica, que atenda às demandas sociais na pós-modernidade