O campo termo-higrométrico intra-urbano e a formação de ilhas de calor e frescor urbanas no bairro de Campo Grande (RJ)
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Instituto de Geografia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13428 |
Resumo: | Os estudos sobre o clima urbano são fundamentais para a compreensão dos processos que desencadeiam em mudanças térmicas, higrométricas e pluviométricas no ambiente. É neste contexto que esta dissertação, intitulada O campo termo-higrométrico intra-urbano e a formação de ilhas de calor e frescor urbanas no bairro de Campo Grande (RJ) tem como objetivo analisar as condições térmicas e higrométricas de duas áreas que foram selecionadas dentro do bairro Campo Grande: o Centro e o sub-bairro Rio da Prata, realizando uma análise comparativa dos resultados encontrados foi possível identificar a localização das formações das ilhas de calor e frescor nestas áreas. Para tanto algumas etapas foram necessárias na elaboração desta pesquisa: buscou-se compreender os aspectos teórico-conceituais do clima urbano, como base inicial para o prosseguimento do estudo. E tornou-se necessário entender os processos históricos na construção do espaço urbano do bairro Campo Grande, da gênese até a urbanização nos dias atuais, possibilitando observar as transformações promovidas no espaço pela urbanização, com alterações no ambiente natural, sendo importante para compreender os efeitos da urbanização no clima. Fez-se necessário conhecer os aspectos envolvidos no clima local do bairro, sendo uma base para a interpretação dos dados obtidos. Para a análise em campo foi utilizado o método dos transectos, que consistiu em registros termo-higrométricos em pontos dentro das duas áreas da pesquisa, o centro e o Rio da Prata, em dias que coincidiram com as estações do ano do verão, outono, inverno e primavera do ano de 2016, em três horários distintos (manhã, tarde e noite), e posteriormente utilizou-se o sensoriamento remoto, através das imagens do Landsat-8, optou-se pela a escolha das imagens em datas que também pudessem corresponder com as quatro estações do ano. A finalidade de adquirir as imagens e realizar as coletas nos pontos móveis era compreender o comportamento do campo térmico e higrométrico, bem como suas variações, durante as diferentes estações do ano, e, em qual delas, as ilhas de calor atuaram com maior intensidade. Assim, identificou-se a forte relação das ilhas de calor com o uso e ocupação do solo, de como a urbanização e seus elementos presentes podem contribuir para o aumento das temperaturas, e a substituição da cobertura vegetal pelas construções urbanas que ampliam o desconforto térmico e higrométrico. Os resultados da pesquisa mostraram que o Centro pelo maior adensamento urbano, apresentou pontos com maior aquecimento, e o sub-bairro Rio da Prata verificou-se pontos onde as temperaturas foram mais amenas, o que tornou-se mais evidenciando nas imagens termais de satélite. A intensidade das ilhas de calor, principalmente no Centro, mostraram-se maiores no período da tarde, e as ilhas de calor de intensidade forte puderam ser registradas durante a estação do verão. Em síntese considera-se a urbanização como o principal agente modificador do clima, e para tanto se faz necessário buscar formas de mitigar seus impactos no ambiente, considerando as alterações térmicas, higrométricas e pluviométricas, incluindo esses aspectos como relevantes nos estudos de impactos e no planejamento urbano. |