Política Externa Brasileira e Resolução de Conflitos: um estudo da participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Hugo Bras Martins da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12497
Resumo: Essa dissertação tem por objetivo inicial desenvolver um estudo de caso sobre a participação brasileira na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), entre 2004 e 2017. Por um lado, pretende-se compreender o envolvimento nessa missão em face do posicionamento brasileiro em relação à crise haitiana da década de 1990 e das limitadas relações bilaterais entre os dois países. Por outro, busca-se verificar a maneira como militares e diplomatas do Brasil se engajaram nesse processo multilateral de resolução do conflito. À luz desse estudo de caso e da trajetória recente do Brasil de participação em operações de paz da ONU, busca-se responder a seguinte questão de pesquisa: Em que medida a participação na MINUSTAH promoveu alterações nos padrões de engajamento do Brasil em mecanismos operacionais de resolução multilateral de conflitos nas últimas décadas? A hipótese defendida nesta pesquisa é de que o envolvimento nessa missão representou um profundo ponto de inflexão na trajetória recente do país de participação em operações de paz da ONU. A metodologia adotada pela pesquisa é de natureza qualitativa analítica e quantitativa descritiva. Os resultados da pesquisa demonstram que a participação na MINUSTAH inaugura uma nova fase da atuação do Brasil em operações de paz da ONU na medida em que representa uma mudança substancial: i) no padrão de deslocamento de tropas do país para as missões de paz; ii) nos limites para o uso da força coercitiva por militares brasileiros em operações de paz; iii) no padrão de treinamento das tropas brasileiras para participarem dessas missões