Percepção ambiental de agricultoras participantes do Grupo de Trabalho de Mulheres (GT Mulheres) da Articulação de Agroecologia Serramar (AASM) – RJ: um estudo a partir de suas histórias de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ferreira, Stela Lina Magalhães Bergiante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20714
Resumo: Desde que abandonou a vida primitiva, o ser humano vem alterando intensamente o ambiente em que vive. Nesse processo, cresceu a busca incessante por uma alimentação mais cômoda, o que tem conduzido não só a um desastre na saúde humana, mas também intensificado uma série de problemas ambientais. Perante o exposto, nesta dissertação foi analisado as histórias de vida de quatro mulheres que atuam como agricultoras familiares de base agroecológica, pertencente ao grupo GT Mulheres da Articulação de Agroecologia Serramar (AASM), que tem em suas perspectivas a busca por uma produção alimentar sustentável e igualitária. Este grupo que se constitui de maneira heterogênea, representa um importante espaço de acolhimento, afeto, apoio, troca de experiência e conhecimento para as mulheres ligadas às questões ambientais e de gênero. Dessa forma, o objetivo principal desta pesquisa foi analisar através das histórias de vida, a percepção ambiental das agricultoras pertencentes a esse grupo. O percurso metodológico se pautou por meio da pesquisa qualitativa, na qual foram utilizadas as narrativas orais por meio de entrevista aberta e individual. Este caminho metodológico foi utilizado para recuperar a história de vida das mulheres agricultoras que não tiveram voz e valorização profissional por um longo tempo no setor agrícola. A partir disso, as técnicas de análise proporcionaram reconstruir a trajetórias das agricultoras através da problematização das relações de gênero aliada ao trabalho das mulheres rurais e sua interrelação com o meio ambiente. Os resultados mostraram que estas agricultoras deixam transparecer, ao narrar suas histórias de vida, uma percepção ambiental ligada às suas práticas agrícolas, atuando em sintonia com a natureza. Foi possível, a partir da fala das participantes, estabelecer três categorias de análise que nos permitiu discutir os resultados coletados: o autorreconhecimento como agricultora, a importância dos grupos de apoio e da Serramar e a percepção ambiental e práticas agrícolas. A complexidade dos assuntos abordados revela a importância do debate sobre a agricultura familiar, para aquelas que buscam, em seu cotidiano, construir uma ponte para os diálogos entre o saber popular e o saber científico e entre a sociedade civil e o poder público.