Caracterização de amostras de Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis e Streptococcus pneumoniae isoladas de colonização de nasofaringe em crianças atendidas em um hospital universitário do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Andreia de Moraes da Conceição Rocha da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14456
Resumo: A colonização da nasofaringe é uma importante etapa de desenvolvimento das infecções do trato respiratório. As espécies bacterianas Haemophilus influenzae(Hi), Moraxella catarrhalis(Mc) e Streptococcus pneumoniae(Sp) destacam-se na população pediátrica. O objetivo deste estudo foi isolar e caracterizar amostras bacterianas pertencentes a estas espécies, a partir de colonização nasofaríngea de crianças atendidas no HUPE/UERJ. Durante o ano de 2015, foram realizadas oito coletas de material clínico no total de 204 crianças. Os espécimes (swabs de nasofaringe) foram semeados, em meio de ágar sangue de carneiro a 5% e ágar chocolate suplementado com hemina e NAD, e as placas incubadas por até 48 h a 37ºC em atmosfera com 5% de CO2. As amostras bacterianas foram caracterizadas em gênero e espécie por MALDI-TOF e testes fisiológicos convencionais. Definidos os tipos capsulares de Hi por metodologia de aglutinação Látex e de Sp por PCR, utilizando-se um conjunto de iniciadores da vacina PCV10.Perfis de susceptibilidade aos antimicrobianos foram determinados nas amostras de Hi e de Sp. Fenótipos de resistência a eritromicina e clindamicina foram identificados pelo teste duplo disco, amostras resistentes a oxacilina e a eritromicina, em Sp, foi determinada a CIM pelo teste E. Amostras de Hi resistentes aos beta-lactâmicos e as amostras de Mc foram avaliadas quanto expressão de beta-lactamase. Espectros obtidos por MALDI-TOF MS avaliaram a diversidade, empregando-se algoritmos para o agrupamento das amostras e construção de árvores de similaridade. Os resultados revelaram,taxa de colonização 40,2%(82/204), sendo 15,7%Hi, 25,5%Mc e 21,1%Sp. O isolamento das espécies, nas estações do ano, revelou valores mais expressivos de Mc na primavera; enquanto as demais no verão. A maioria das amostras de Hi foi não tipável (HiNT;83,3%).Apenas uma amostra identificada como Hib e quatro outras como não-Hib. Da mesma forma, para Sp,apenas cinco amostras foram tipadas por PCR, sendo quatro 6A/B e uma 23F, 87,5% não apresentaram produtos de amplificação. Dentre os fenótipos de resistência aos antimicrobianos, destacam-se à oxacilina e à eritromicina em Sp e à ampicilina em Hi. Valores de CIM para penicilina e eritromicina corroboraram os achados nas amostras de Sp. Todas as amostras de Hi resistentes a ampicilina eram HiNT produtoras de beta-lactamase, amostras Mc 96,0% também foram produtoras desta enzima. O agrupamento das análises dos espectros por MALDI-TOF MS revelou diversidade das amostras, agrupamentos prevalentes e subgrupos definidos. Ressaltamos a frequência de 87,7% em crianças vacinadas, com destaque aos novos fenótipos em percentuais. A associação de novos fenótipos com resistência aos antimicrobianos refelte a necessidade do monitoramento dessas espécies na busca de estratégias de controle.Este estudo pretendeu contribuir com dados nacionais, para o entendimento da circulação desses patógenos respiratórios nessa população.