Inventários, mapas, guias afetivos e outros procedimentos da literatura periférica em disputas de mundo e visibilidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Eduardo de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22970
Resumo: Como a literatura pode contribuir para uma sociedade mais justa e democrática? Como sujeitos normalmente excluídos podem se apropriar das possibilidades de criação literária? O presente trabalho é uma tentativa de resposta a estas questões. Para tanto, foi necessário dividir em dois núcleos principais. No primeiro deles se estabelece um inventário de conceitos que serão importantes na análise do objeto exposto. No segundo se faz a análise de exemplos e procedimentos de literatura periférica que criam e disputam o imaginário da cidade. Assim, os dois primeiros capítulos (ou o primeiro núcleo) são, respectivamente, um inventário de procedimentos da literatura contemporânea e um inventário de procedimentos de uma arte engajada. Já na segunda parte, apresento uma série de estudos de casos tendo como objeto específico as produções e os métodos de criação dos projetos “Apalpe” e “Agências de Redes para juventude”, bem como os resultados produzidos, gerados e ramificados dos mesmos. Deste modo, este trabalho pretende expor conceitos e procedimentos como: processos de escrita, potência criativa, inventários, apropriação, abordagem triangular, mapas, guias afetivos, dentre outros. Ao longo do texto, tocamos questões que enlaçam arte, território e disputas dos discursos e modelos de representação tendo como premissa que para que os corpos normalmente excluídos das narrativas, as apropriações de textos por sujeitos comuns e a insurgência de narrativas dos sujeitos periféricos — que muitas das vezes são enquadrados como vidas precárias — devem ser protagonistas das narrativas. Além dos projetos do Apalpe e do Agência de redes para juventude são analisados os trabalhos da Cia do Invisível, da Cia Última estação e da coleção de livros Cabeças da Periferia. Com estes apontamentos teóricos, pretende-se discutir procedimentos de escrita que reivindiquem na literatura a invenção de mundos comuns – através de sujeitos e territórios considerados periféricos