Evolução estrutural da borda sul do Gráben da Guanabara
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17117 |
Resumo: | Este trabalho investiga as deformações tectônicas mesozoico-cenozoica na Borda Sul do Gráben da Guanabara. A área de estudo está localizada na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro e pertence ao Terreno Costeiro da província tectônica Mantiqueira. Ela está delimitada a oeste pelo Morro Dois Irmãos (zona sul da cidade do Rio de Janeiro) e a leste pela Serra da Tiririca (região oceânica de Niterói). A borda sul do gráben da Guanabara tem direção NE-SW a ENE-WSW e deformações cenozóicas controladas pela Zona de Falha de Rio Bonito. Regionalmente é correlacionável com as falhas de borda das bacias de São José de Itaboraí e Macacu. Na área de estudo corresponde a falha das Paineiras, que deforma o Maciço Costeiro da Carioca. Além disto, esta zona de falha controla a intrusão e deformação dos maciços alcalinos, o plug e os diques de Cabuçu, e os plugs de Jardim Cabuçu. Estas deformações também são registradas nos maciços alcalinos de Tanguá e plug de Itaboraí pertencentes ao alto de Rio de Bonito. Para leste do alto de Rio Bonito esta zona de falha tem provável continuidade continental até o Cabo de São Tomé (Almeida, 1976, Ferrari, 2001), e também provável relação com as deformações no Gráben de Barra de São João e bacia de Campos. Na parte distal do Gráben de Barra de São João, o pinchamento das camadas em direção ao continente, e a direção NE-SW do gráben sugerem correlação desta estrutura com as bacias continentais de Macacu e São José de Itaborái. O método de pesquisa empregado envolve a análise cinemática de falhas de fraturas, além de caracterização da litologia afetada, incluindo minerais neoformados por alterações hidrotermais do embasamento. Foram identificados 3 campos de paleotensões distintos. Os resultados obtidos em campo foram correlacionados aos eventos tectônicos regionais de caráter rúptil deformadores das bacias e maciços alcalinos contidos na Zona de Falha de Rio Bonito. A seguir serão elencadas as deformações reconhecidas na área de estudo, o campo de paleostresse correspondente e a correlação regional: Evento 1 – σ 3 NW-SE paleogênico: deforma diques de diabásio e brechas silicificadas com percolação de fluidos oxidantes. Regionalmente controla a intrusão dos maciços alcalinos e implantação da bacia de São José de Itaboraí. Evento 2 – σ 1 NW-SE neogênico superior: formação falhas destrais reversas de baixo e alto ângulo mergulho e brechas silicificadas associadas a minerais neoformados. Regionalmente correlacionável ao segundo pulso de inversão da bacia de Itaboraí. Evento 3 – σ 3 E-W plio-pleistoceno: forma fraturas N-S em dique de diabásio de direção NW-SE. Regionalmente forma falhas de direção N-S na bacia de Macacu. A partir da correlação destes eventos com dados da literatura foi proposto que os diversos eventos tectônicos responsáveis pela formação e reativação da borda Sul do Gráben da Guanabara exerceu controle na implantação e deformação dos corpos alcalinos nela contidos, e inversão das bacias de Itaboraí e Macacu. Permitindo caracterizar um corredor de deformações desde a zona sul do Rio de Janeiro até o Alto de Rio Bonito. |