Prevalência de violência sexual em refugiados: uma revisão sistemática.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Araújo, Juliana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4442
Resumo: O mundo vivencia a maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial. No processo migratório, refugiados enfrentam condições adversas à saúde, incluindo maior risco de violência sexual (VS) no país de origem, durante o deslocamento forçado ou no local de acolhimento. Esta revisão sistemática tem como objetivo sintetizar dados sobre a prevalência de VS em refugiados no mundo. A busca foi realizada sem restrição de idioma ou data de publicação em sete bases bibliográficas (MEDLINE, EMBASE, PsycINFO, SCOPUS, Web of Science, Sociological Abstracts e LILACS). Foram elegíveis estudos com dados sobre a prevalência de VS em refugiados e requerentes de asilo, de qualquer país, sexo ou idade e nos idiomas inglês, francês, espanhol e português. A seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação da qualidade do relato foram realizadas por dois revisores independentes e as divergências resolvidas por um terceiro revisor. Um total de 60 estudos foi incluído. A prevalência de VS apresentou grande variabilidade entre os estudos (0% a 99,8%,) e foi mais frequente entre refugiados provenientes da África (42%). Mulheres adultas foram as principais vítimas (83%), em geral nos países de origem (94%), tendo como perpetradores parceiros íntimos (55%), mas também entre homens e crianças, as taxas atingiram até 39,3% e 90,9%, respectivamente. O estupro foi a forma de VS mais relatada (65%). Portanto, a VS em refugiados necessita especial atenção por ser um grave problema de saúde pública, com consequências de médio e longo prazos. Estratégias para prevenir a ocorrência de VS desde o país de origem e durante migração, assim como medidas para captação e tratamento dos casos devem ser implementadas.